Ômega 3

Os ácidos graxos poliinsaturados influenciam a síntese de prostanóides em células endoteliais vasculares sob hipóxia e reoxigenação


Estudamos a influência dos ácidos graxos poliinsaturados de membrana (PUFA) no metabolismo dos prostanóides no endotélio vascular, em condições fisiopatológicas. Foram utilizados dois modelos de cultura de células endoteliais, de aorta bovina (BAEC) e veia umbilical humana (HUVEC). Em condições fisiológicas, os principais prostanóides foram prostaciclina e PGE2 no BAEC e prostaciclina e PGF2 alfa no HUVEC. A reoxigenação (2,5 horas), mas não a hipóxia (2,5 horas), aumentou a síntese de prostanóides em ambos os modelos. O enriquecimento celular com ácido araquidônico (células AA, n-6) aumentou AA e C22: 4 n-6 e diminuiu n-3 PUFAs nos fosfolipídios. Por outro lado, o enriquecimento com ácidos eicosapentaenóico e docosahexaenóico (EPA e DHA, células n-3) aumentou os PUFAs n-3 e diminuiu os PUFAs n-6. O BAEC incorporou mais PUFA nos fosfolipídios do que o HUVEC. Além disso, nas células n-3, a incorporação de EPA foi maior do que a de DHA. O aumento de AA aumentou a produção de prostaciclina e PGF2 alfa pelo BAEC e apenas a de PGF2 alfa pelo HUVEC. O aumento de PUFA n-3 diminuiu a liberação de PGE2 e TxA2 pelo BAEC e apenas a de prostaciclina pelo HUVEC. Nas células n-6, a hipóxia tornou-se um estímulo para a produção de prostanóides e o efeito estimulante da reoxigenação foi reforçado no HUVEC enquanto foi abolido no BAEC. O PUFA N-3 bloqueou a produção estimulada pela reoxigenação. Esses resultados sugerem uma forte importância dos PUFA dietéticos na resposta do endotélio vascular a condições patológicas.



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