Taquicardia: causas, sintomas e tratamentos

Compartilhar no Pinterest

Taquicardia refere-se a uma frequência cardíaca mais rápida que o normal quando estamos em repouso.

Em geral, um coração adulto em repouso bate de 60 a 100 vezes por minuto. Quando um indivíduo sofre de taquicardia, as câmaras superior ou inferior do coração batem muito mais rápido.

Quando o coração bate muito rápido, ele bombeia menos eficientemente e reduz o fluxo sanguíneo para o resto do corpo, incluindo o coração.

Como conseqüência, o coração ou os músculos do miocárdio precisam de mais oxigênio. Se isso persistir, as células do miocárdio privadas de oxigênio podem morrer, pois precisam de oxigênio, e isso leva a um ataque cardíaco.

Átrios, ventrículos e circuitos elétricos do coração

O coração humano é constituído por quatro câmaras:

• Átrios: São as duas cavidades superiores.
• Ventrículos: são as duas cavidades inferiores.

Podemos distinguir entre o átrio direito e esquerdo, bem como o ventrículo direito e esquerdo.

O coração tem um marcapasso natural chamado nó sinoatrial, está localizado no átrio direito e produz impulsos elétricos. Cada um deles aciona um batimento cardíaco individual.

Os impulsos elétricos continuam no nó sinoatrial (SA), um grupo de células. O nó SA diminui os sinais elétricos e os envia aos ventrículos.

Ao atrasar os sinais elétricos, a NSA pode permitir que os ventrículos se enchem de sangue. Quando os músculos dos ventrículos recebem sinais elétricos, eles contraem e bombeiam sangue para os pulmões ou para o resto do corpo.

Quando há um problema com sinais elétricos, ocorre um batimento cardíaco mais rápido do que o normal, fazendo com que o indivíduo sofra taquicardia.

A taquicardia é geralmente causada por distúrbios nos impulsos elétricos e normais que controlam o bombeamento do coração (a velocidade com que o coração bombeia). As situações ou doenças listadas abaixo são possíveis causas:

• Uma reação a certos medicamentos
• Anomalias cardíacas congênitas
• Consumo excessivo de álcool
• Uso de cocaína e outras drogas recreativas
• O desequilíbrio eletrolítico
• Doença cardíaca, que causa um suprimento insuficiente de sangue e danifica os tecidos cardíacos, como cardiopatia isquêmica, valvopatia, insuficiência cardíaca, cardiomiopatia, tumores ou infecções
• Hipertensão
• Uma glândula tireóide hiperativa
• Uso de tabaco
• Algumas doenças pulmonares

Às vezes, o médico não consegue identificar a causa exata da taquicardia.

As opções de tratamento variam de acordo com a causa da doença, a idade e a saúde geral da pessoa com taquicardia, além de outros fatores.

O objetivo do tratamento é identificar a causa da taquicardia. Quando um tratamento pode ser diagnosticado, o médico pode tentar diminuir a velocidade, impedir episódios subsequentes de taquicardia e reduzir o risco de complicações.

Em alguns casos, tudo o que é necessário é tratar a causa. Em outros momentos, nenhuma causa subjacente é encontrada; portanto, o médico precisa procurar terapias diferentes.

Maneiras de diminuir o ritmo cardíaco acelerado

Manobras vagais

O nervo vagal ajuda a regular os batimentos cardíacos. As manobras que afetam esse nervo incluem tosse, inchaço (como se estivesse defecando) e aplicação de uma compressa fria no rosto do paciente.

Medicação

Drogas antiarrítmicas podem ser administradas por via oral ou por injeção. Eles restauram os batimentos cardíacos normais e são realizados no hospital.

Os medicamentos disponíveis restauram ou controlam o ritmo normal do coração. Às vezes, o indivíduo precisará tomar mais de um desses medicamentos.

Cardioversão

Os eletrodos são usados ​​para fornecer um choque elétrico ao coração. Isso afeta os impulsos elétricos do coração e restaura o ritmo normal. Este procedimento é realizado em um hospital.

Existem certas medidas para impedir que os batimentos cardíacos se tornem muito rápidos ou se tornem um problema de saúde.

Ablação por cateter de radiofreqüência

Os cateteres são inseridos no coração através dos vasos sanguíneos. Os eletrodos nas extremidades do cateter são aquecidos para remover ou danificar as pequenas áreas do coração responsáveis ​​pelos batimentos cardíacos anormais.

Medicamentos

Quando tomados regularmente, medicamentos antiarrítmicos podem prevenir taquicardia. O seu médico pode prescrever outros medicamentos em combinação com estes, por exemplo, bloqueadores de canais, como diltiazem (Cardizem) e verapamil (Calan), ou betabloqueadores, como propranolol (Inderal) e esmolol (Brevibloc).

Desfibrilador Cardioversor Implantável (CDI)

É um dispositivo que monitora continuamente os batimentos cardíacos e é implantado através de uma operação no peito. O DCI detecta qualquer batimento cardíaco anormal e envia impulsos elétricos para restaurar o ritmo normal do coração.

Cirurgia

Às vezes, é necessária cirurgia para remover parte do tecido. O cirurgião pode criar um padrão de tecido cicatricial, pois é um mau condutor de eletricidade. Esse procedimento geralmente é usado apenas quando outras terapias foram prescritas e não foram eficazes, ou se a pessoa sofre de outro tipo de doença cardíaca.

Varfarina

A varfarina dificulta a coagulação do sangue. É administrado a pessoas com risco alto ou moderado de desenvolver um derrame ou ataque cardíaco. Embora esse procedimento aumente o risco de sangramento, ele é prescrito para pacientes cujo risco de sofrer um derrame ou ataque cardíaco é muito maior que o risco de sangramento.

Entre os diferentes sinais e sintomas de taquicardia, podemos encontrar:

• dor no peito
• confusão;
• tontura / tontura;
• pressão arterial baixa;
• tonto
• palpitações;
• dificuldade para respirar;
• fraqueza repentina, ou
• desmaio

Em alguns casos com taquicardia, não é frequente que o indivíduo apresente sintomas. Nessas circunstâncias, a doença só pode ser descoberta quando o paciente é submetido a uma análise física.

O risco de complicações depende de muitos fatores, como:

• a gravidade;
• o tipo;
• frequência cardíaca;
• a duração ou
• depende de haver ou não outras doenças cardíacas.

As complicações mais comuns incluem:

• Coágulos sanguíneos: aumentam significativamente o risco de ataque cardíaco ou derrame.
• Insuficiência cardíaca: se a doença não for controlada, o coração enfraquecerá, o que pode levar à insuficiência cardíaca. Isso ocorre quando o coração não bombeia sangue adequadamente pelo corpo. Nesses casos, os lados esquerdo, direito ou ambos podem ser afetados.
• Desmaio: A pessoa com um batimento cardíaco acelerado pode perder a consciência.
• Morte súbita: Geralmente associada a taquicardia ou fibrilação ventricular.

Os tipos mais comuns de taquicardia incluem:

Fibrilhação auricular

Às vezes, a atividade elétrica pode aumentar a partir do átrio esquerdo, em vez do nó sinoatrial. Isso faz com que as cavidades adquiram uma frequência alta e irregular, denominada fibrilação atrial.

Um episódio de fibrilação atrial pode durar de algumas horas a muitos dias e, às vezes, não desaparece sem tratamento. A maioria dos indivíduos com fibrilação atrial tem anormalidades cardíacas relacionadas à doença.

Flutter atrial

O átrio bate rápido, mas regularmente. Geralmente é causado por um problema no átrio direito. As contrações do átrio são enfraquecidas pela alta frequência cardíaca.

Um episódio de flutter atrial pode durar algumas horas ou alguns dias. Às vezes, não desaparece sem tratamento. Às vezes, geralmente aparece devido a uma complicação na operação, mas também pode ser causada por algumas alterações de doenças cardíacas. Normalmente, pessoas com flutter atrial também apresentam fibrilação.

Taquicardias supraventriculares (TVS)

Referem-se a qualquer frequência cardíaca acelerada causada pelo tecido ventricular. Ciclos cardíacos anormais geralmente estão presentes no nascimento e criam um loop de sinais sobrepostos. Um episódio de TSV pode durar de alguns segundos a várias horas.

Taquicardia ventricular

Sinais elétricos e anormais nos ventrículos causam um ritmo cardíaco acelerado. A alta velocidade não permite que os ventrículos se dilatem e se contraiam adequadamente, causando um suprimento insuficiente de sangue para o corpo. Este tipo de taquicardia é geralmente uma doença com risco de vida e precisa ser tratado como uma emergência médica.

Fibrilação ventricular

Os ventrículos não dilatam normalmente, causando um suprimento insuficiente de sangue para o corpo. Se a frequência cardíaca normal não for restaurada rapidamente, a circulação sanguínea irá parar e causar a morte. Pessoas com doença cardíaca subjacente ou com trauma leve grave podem sofrer fibrilação ventricular.

O risco de taquicardia aumenta se o indivíduo tem uma doença que danifica o tecido cardíaco ou distende o coração.

Os seguintes fatores estão relacionados ao alto risco de taquicardia:

• Idade: pessoas com mais de 60 anos de idade correm maior risco de sofrer taquicardia em comparação com jovens.
• Genética: Indivíduos com familiares com taquicardia ou outros problemas relacionados ao ritmo cardíaco têm maior risco de desenvolver a doença.

Outros fatores potenciais incluem:

• doença cardíaca;
• ansiedade;
• consumo regular de grandes quantidades de cafeína e álcool;
• pressão alta;
• estresse mental;
• uso de tabaco ou
• uso recreativo de medicamentos.

Normalmente, o médico pode diagnosticar taquicardia fazendo algumas perguntas sobre os sintomas, fazendo um exame físico ou fazendo alguns testes. Entre eles, encontramos:

Eletrocardiograma (ECG)

Eletrodos na pele são usados ​​para medir os impulsos elétricos do coração.

Este teste também mostrará qualquer doença cardíaca anterior que possa contribuir para a taquicardia.

Ecocardiograma

Um ecocardiograma é um tipo de investigação ultrassônica. Saltando sons das estruturas do corpo e registrando ecos, uma imagem em movimento do coração é produzida. Isso pode ajudar a procurar anormalidades estruturais ou congênitas que desempenham um papel crítico na taquicardia.

Análise de sangue

Eles ajudam a determinar se há problemas de tireóide ou outras substâncias que contribuem para a taquicardia.

Holter monitor

A pessoa com taquicardia carrega um dispositivo portátil que registra todos os batimentos cardíacos. Ele é colocado sob a roupa e registra informações sobre a atividade elétrica do coração enquanto o indivíduo realiza atividades normais por 1 ou 2 dias.

Gravador de eventos

Este dispositivo é semelhante ao monitor Holter, mas não registra todas as pulsações. Encontramos dois tipos:

• Um cara usa um telefone para transmitir sinais do gravador enquanto a pessoa está apresentando sintomas.
• O outro é usado o tempo todo durante uma grande temporada. Às vezes, pode ser transportado por um mês.

Este gravador de eventos é bom para diagnosticar distúrbios do ritmo que aparecem em momentos aleatórios.

Estudo eletrofisiológico ou FE

É um teste invasivo, indolor e não cirúrgico que pode determinar o tipo de arritmia, sua origem e a potencial resposta ao tratamento.

O teste é realizado em um laboratório da EF e é realizado por um eletrofisiologista. Graças a este estudo, é possível reproduzir as arritmias problemáticas em um ambiente controlado.

Teste de mesa inclinado

Se o indivíduo apresentar desmaios, tonturas ou tonturas e nem o ECG nem o monitor Holter revelarem arritmias, esse teste poderá ser realizado. Consiste em monitorar a pressão arterial, os batimentos cardíacos e os batimentos cardíacos enquanto o paciente está sentado.

Assim que os reflexos funcionarem corretamente, a frequência cardíaca e a pressão sanguínea mudarão quando o paciente for colocado na posição vertical. O objetivo é garantir que o cérebro obtenha um suprimento sanguíneo adequado.

Se os reflexos não forem adequados, o desmaio e os sintomas associados serão explicados.

Radiografia de tórax

Imagens de raios-X ajudam o médico a verificar a condição do coração e pulmões. Outras doenças que explicam a taquicardia também podem ser detectadas.

As complicações da taquicardia incluem:

• desmaios e tonturas;
• cansaço e fadiga, ou
• dificuldade para respirar.

Eles também podem levar a:

• coágulos sanguíneos e um risco aumentado de ataque cardíaco ou derrame, ou
• insuficiência cardíaca, quando o coração não pode mais bombear sangue com eficácia.

Em alguns casos, isso pode levar à morte súbita.

Traduzido por Carmen María González Morales

Avaliado por Brenda Carreras

Leia o artigo em inglês