Melatonina

Melatonina e proteção renal: novas perspectivas de experimentos em animais e estudos em humanos (revisão)


A doença renal crônica (DRC) é um sério problema de saúde pública. As terapias atuais são projetadas para retardar a progressão da doença e evitar a necessidade de diálise ou transplante renal. A DRC é caracterizada por inflamação crônica e morte celular progressiva, resultando na reconstrução fibrótica do tecido renal. A melatonina, o principal produto da glândula pineal, demonstrou ter efeitos protetores pluripotentes em muitos órgãos e tecidos. Tem ações anti-hipertensivas, antiinflamatórias, anti-apoptóticas e anti-remodelantes. Um mecanismo principal desses numerosos benefícios da melatonina reside em sua extraordinária alta eficácia como antioxidante e necrófago, protegendo as células extracelularmente e em todas as estruturas subcelulares. Além dessas ações independentes do receptor, os efeitos da melatonina por meio de receptores MT específicos podem ser benéficos. Em vários modelos animais de DRC, envolvendo hipertensão experimental, diabetes mellitus e vários modelos de nefrotoxicidade, a melatonina reduziu a carga oxidativa, atenuou a inflamação crônica e limitou a apoptose. Esses efeitos foram associados à redução da proteinúria, danos às células do parênquima e fibrose. Em humanos, a ação cronobiológica da melatonina atenua os distúrbios do sono em pacientes hemodialisados ​​que sofrem de deficiência relativa de melatonina. Além disso, a melatonina reduz a carga oxidativa e melhora o metabolismo do ferro em pacientes hemodialisados. Em conclusão, as ações fisiológicas pleiotrópicas da melatonina induzem efeitos benéficos em vários níveis fisiopatológicos relacionados à DRC, tanto em condições experimentais quanto clínicas. Espera-se que esta revisão leve a um grande ensaio clínico para determinar a eficácia desta indoleamina não tóxica como um tratamento potencial para esta doença debilitante.



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