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Xi é mais uma ameaça para as democracias do que Putin, diz ex-primeiro-ministro do Canadá | Noticias do mundo


O ex-primeiro-ministro canadense Stephen Harper acredita que o líder supremo da China é mais uma ameaça de longo prazo para as democracias em todo o mundo do que o presidente russo, Vladimir Putin.

Imagem HT
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Harper, que foi primeiro-ministro do Canadá de 2006 a 2015, fez essa observação ao discursar em uma reunião em Vancouver organizada pelo think tank Fraser Institute. “Xi Jinping (secretário-geral do Partido Comunista Chinês) é uma ameaça muito mais séria e de longo prazo do que Putin”, disse Harper, segundo o jornal Globe and Mail, que obteve uma gravação de seu discurso.

Ele disse que a ambição do líder chinês era “criar uma nova ordem mundial, uma economia global centralizada onde toda a autoridade está centrada em Pequim”.

Seus comentários ocorreram em meio ao turbilhão político em andamento no Canadá sobre a suposta interferência de Pequim nas eleições federais de 2019 e 2021 no país.

Harper também abordou esse assunto, como disse: “Suspeito que seja muito pior do que pensamos”.

Harper disse que a China “não teve nenhuma restrição em seu comportamento em termos de interferência no sistema político canadense”.

Seus comentários vieram dias depois que o relator especial nomeado pelo governo do primeiro-ministro canadense Justin Trudeau para investigar a interferência chinesa nas eleições afirmou que, embora governos estrangeiros estivessem tentando influenciar eleitores e candidatos, não havia necessidade de um inquérito público.

O relator especial independente, o ex-governador-geral canadense David Johnston, divulgou seu relatório na terça-feira, em meio a críticas da oposição por ser um exercício de “branqueamento”.

O relator especial foi nomeado em 6 de março após uma série de reportagens nos veículos Globe and Mail e Global News de que Pequim pode ter tentado influenciar as eleições federais no Canadá.

Uma série de denúncias colocou pressão contínua sobre o governo Trudeau. Em 17 de fevereiro, o Globe and Mail observou: “A China empregou uma estratégia sofisticada para interromper a democracia do Canadá na campanha eleitoral federal de 2021, já que diplomatas chineses e seus representantes apoiaram a reeleição dos liberais de Justin Trudeau – mas apenas para outro governo minoritário – e trabalhou para derrotar políticos conservadores considerados hostis a Pequim”. Esse relatório foi baseado em documentos de inteligência.

Harper deixou o cargo em 2015, depois que o Partido Conservador foi derrotado pelos liberais liderados por Trudeau naquele ano.

O relatório Johnston parece ter sido recebido com ceticismo público. De acordo com uma pesquisa divulgada pela agência pública de pesquisas Angus Reid Institute na sexta-feira, mais da metade, 52 por cento, dos entrevistados achavam que o inquérito público era necessário. Um número ainda maior, 57%, sentiu que Trudeau e seu governo “foram evasivos na questão da interferência estrangeira”. Dois terços dos entrevistados acreditam que a China “provavelmente tentou interferir nas eleições canadenses”.

  • SOBRE O AUTOR

    Anirudh Bhattacharya é um comentarista baseado em Toronto sobre questões norte-americanas e um autor. Ele também trabalhou como jornalista em Nova Delhi e Nova York, abrangendo mídia impressa, televisiva e digital. Ele tweeta como @anirudhb.



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