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Sergei Lavrov pede a Vladimir Putin que continue as negociações com o Ocidente sobre a Ucrânia


O principal diplomata da Rússia aconselhou o presidente Vladimir Putin a continuar as negociações com o Ocidente sobre as exigências de segurança russas em meio às tensões sobre a Ucrânia.

A declaração do ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, pareceu sinalizar a intenção do Kremlin de permanecer no caminho diplomático, embora os EUA tenham alertado que Moscou pode invadir a Ucrânia a qualquer momento.

Falando no início de uma reunião com Putin, Lavrov sugeriu que Moscou deve manter um diálogo com os EUA e seus aliados, embora tenham rejeitado as principais exigências de segurança da Rússia.

Moscou quer garantias do Ocidente de que a Otan não permitirá que a Ucrânia e outros ex-países soviéticos se juntem como membros, e que a aliança interromperá o envio de armas para a Ucrânia e retirará suas forças da Europa Oriental.

Lavrov observou que, embora os EUA e seus aliados tenham rejeitado categoricamente essas exigências, Washington se ofereceu para conduzir o diálogo sobre limites para instalações de mísseis na Europa, restrições a exercícios militares e outras medidas de construção de confiança.

Putin ainda não formulou a resposta formal da Rússia a essas propostas.

Questionado por Putin se fazia sentido continuar os esforços diplomáticos, Lavrov respondeu que as possibilidades de negociações “estão longe de se esgotarem” e propôs continuar as negociações.


O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy, à direita, e o chanceler alemão Olaf Scholz (AP)

As negociações “não podem continuar indefinidamente, mas sugiro que continuem e expandam neste estágio”, disse Lavrov.

O encontro ocorreu no momento em que o chanceler da Alemanha iniciou uma viagem a Kiev e Moscou para uma última tentativa de impedir uma temida invasão russa da Ucrânia, que alguns alertam estar a poucos dias de distância.

O chanceler alemão Olaf Scholz visitou a Ucrânia na segunda-feira e planeja continuar a Moscou para conversar com Putin.

Moscou nega ter planos de invasão, mas reuniu mais de 130.000 soldados perto da Ucrânia e, na opinião dos EUA, acumulou poder de fogo suficiente para lançar um ataque em curto prazo.

“Estamos enfrentando uma ameaça muito, muito séria à paz na Europa”, tuitou Scholz de Kiev, acrescentando que a Alemanha queria ver “sinais de desescalada” de Moscou.

Com preocupações crescentes de que a guerra possa ser iminente, os militares alemães disseram que o primeiro dos cerca de 350 soldados extras que está enviando para reforçar as forças da Otan na Lituânia estava a caminho na segunda-feira.

Seis canhões de obus também estavam sendo carregados em caminhões para transporte para o flanco leste da aliança.

Com o mundo já em alerta máximo, o ministro das Forças Armadas do Reino Unido, James Heappey, disse que um ataque russo poderia “efetivamente acontecer agora sem aviso prévio”.

Isso segue um aviso de autoridades americanas de que uma invasão pode ocorrer nesta semana, levando a uma enxurrada de diplomacia, mas também a medidas de dissuasão.



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