Ômega 3

n-3 PUFA e lipotoxicidade – PubMed


O acúmulo excessivo de lipídios em tecidos não adiposos pode ocorrer no contexto de níveis elevados de ácidos graxos livres ou triglicerídeos (TGs) plasmáticos em um processo denominado “lipotoxicidade”. Evidências de estudos humanos e modelos animais sugerem que o acúmulo de lipídios no coração, músculo esquelético, pâncreas e fígado desempenha um papel importante na patogênese da insuficiência cardíaca, obesidade, síndrome metabólica e diabetes mellitus tipo 2 (DM2). Durante os últimos anos, vários estudos mostraram que os ácidos graxos poliinsaturados n-3 (PUFA) têm efeitos potencialmente cardioprotetores, especialmente em pacientes de alto risco com dislipidemia e, portanto, pode-se esperar que sejam benéficos no DM2. Além disso, novas informações demonstraram os efeitos benéficos do consumo de PUFA n-3 na prevenção das complicações da lipotoxicidade. A ingestão dietética de PUFA n-3, portanto, teve efeitos positivos sobre o fígado gorduroso em pacientes com doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), com uma melhora na ecotextura hepática e uma regressão significativa do brilho hepático, associada à melhora da hemodinâmica hepática. O n-3 PUFA também teve efeitos benéficos no acúmulo de gordura ectópica dentro do coração, com estabilização dos miócitos cardíacos e efeitos antiarrítmicos. Por outro lado, dados recentes de modelos animais sugerem que a dosagem oral de ácido eicosapentaenóico (EPA) pode contribuir para proteger contra a lipotoxicidade das células beta. Esta revisão discute as hipóteses mais recentes a respeito da lipotoxicidade, concentrando-se no impacto dos PUFA n-3 que contribuem para o armazenamento de lipídios ectópicos, afetando a função do órgão. Mais estudos em humanos são necessários para testar as evidências e elucidar os mecanismos envolvidos neste processo.



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