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Kiev e Moscou negociam reivindicações após ‘ataque a mísseis de cruzeiro russos’


Autoridades russas e ucranianas deram relatos conflitantes sobre o que parecia ser um ataque descarado a mísseis de cruzeiro russos transportados de trem na península da Crimeia ocupada pela Rússia.

Um porta-voz militar ucraniano indicou que Kiev estava por trás da explosão que supostamente destruiu mísseis de cruzeiro Kalibr perto da cidade de Dzhankoi, no norte da Crimeia, sem assumir a responsabilidade diretamente.

Natalia Humeniuk, porta-voz do comando operacional do sul da Ucrânia, descreveu o ataque como um sinal para Moscou de que deveria deixar a península do Mar Negro que tomou ilegalmente da Ucrânia em 2014.

Falando na TV ucraniana, ela destacou a importância de Dzhankoi como um entroncamento ferroviário e disse: “No momento, o caminho a seguir (para as forças russas na Crimeia) é claro – eles precisam sair de trem já”.


Um míssil Kalibr (Alamy/PA)

Uma declaração vaga da agência de inteligência militar da Ucrânia na segunda-feira disse que vários mísseis transportados por ferrovias e destinados ao lançamento de submarinos foram destruídos, sem dizer abertamente que a Ucrânia foi a responsável ou que arma foi usada.

No entanto, a agência deu a entender que Kiev estava por trás da explosão, dizendo que ela promove “o processo de desmilitarização da Rússia e prepara a península ucraniana da Crimeia para a desocupação”.

Autoridades instaladas por Moscou na Crimeia na terça-feira ofereceram uma versão diferente dos eventos, dizendo que drones ucranianos atacaram instalações civis em Dzhankoi.

Sergei Aksenov, o chefe da Crimeia nomeado pelo Kremlin, disse que o ataque deixou um civil ferido, mas não causou “nenhum dano sério”.

Seu assessor, Oleg Kryuchkov, rejeitou as alegações de Kiev e disse que os drones ucranianos tinham como alvo áreas residenciais em vez da ferrovia.

Igor Ivin, chefe da administração local em Dzhankoi, disse que o ataque danificou linhas de energia, uma casa particular, uma loja e um prédio de faculdade.

Relatórios não confirmados da mídia social na noite de segunda-feira afirmaram que as defesas antiaéreas da Rússia derrubaram vários drones sobre a Crimeia.

Nenhuma das declarações pôde ser verificada independentemente.

Ao longo da guerra, surgiram relatos de ataques a bases militares russas e outras infraestruturas na Crimeia, com a Ucrânia raramente reivindicando explicitamente a responsabilidade, mas cumprimentando os incidentes com júbilo.

Em agosto, explosões poderosas abalaram uma base aérea russa no oeste da Crimeia, com a Ucrânia afirmando que nove aviões de guerra foram destruídos. Fotos de satélite mostraram que pelo menos sete aviões de combate foram explodidos e outros provavelmente danificados.

As autoridades ucranianas inicialmente evitaram receber o crédito, enquanto zombavam da explicação da Rússia de que um fumante descuidado poderia ter feito com que a munição na base de Saki pegasse fogo e explodisse.

De maneira incomum, o principal oficial militar da Ucrânia anunciou semanas depois que havia ordenado os ataques.

As autoridades nomeadas pela Rússia também relataram anteriormente repetidos ataques de drones ucranianos na Crimeia, a maioria dos quais visava o porto de Sebastopol, que abriga a principal base naval russa lá.

Os incidentes na Crimeia, bem como os ataques de drones relatados em território russo longe das linhas de frente da guerra, expuseram grandes fraquezas nas defesas de Moscou e envergonharam o presidente russo, Vladimir Putin, que supostamente acreditava que a invasão da Ucrânia seria rápida e fácil.



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