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Irã aprova lei mais rígida sobre uso do véu dias após aniversário de protesto


O parlamento do Irão aprovou um projecto de lei que impõe penas mais pesadas às mulheres que se recusem a usar o lenço islâmico obrigatório em público e às que as apoiam.

A medida ocorreu poucos dias após o aniversário da morte de Mahsa Amini, uma mulher de 22 anos que foi detida pela chamada polícia da moralidade por violar o código de vestimenta do país.

A sua morte sob custódia desencadeou meses de protestos em que muitos apelaram à derrubada da teocracia iraniana.

O projeto de lei de 70 itens estende as punições aos empresários que atendem mulheres que não usam o lenço de cabeça obrigatório, conhecido como hijab, e aos ativistas que se organizam contra ele. Os infratores podem pegar até 10 anos de prisão se o crime ocorrer de forma organizada.

O projeto de lei, que foi aprovado por 152 políticos no parlamento iraniano com 290 assentos, exige a ratificação pelo Conselho dos Guardiões, um órgão clerical que atua como fiscalizador constitucional. Ela entraria em vigor por um período preliminar de três anos.

As manifestações desencadeadas pela morte de Amini, em 16 de setembro de 2022, cessaram no início deste ano, após uma forte repressão à dissidência, na qual mais de 500 manifestantes foram mortos e cerca de 22.000 detidos.

Mas muitas mulheres continuaram a alardear as regras sobre o uso do hijab, o que levou a uma nova campanha para aplicá-las durante o verão.

Os governantes clericais do Irão consideram a lei do hijab um pilar fundamental da República Islâmica e atribuíram a culpa dos protestos às nações ocidentais, sem fornecer provas.

Os manifestantes disseram que foram motivados pela raiva em relação ao código de vestimenta, bem como pelo que consideram a corrupção e a má governação dos clérigos governantes do país.



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