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O futebolista brasileiro Dani Alves vai a julgamento na Espanha acusado de agressão sexual


O astro do futebol brasileiro Dani Alves foi julgado na Espanha na segunda-feira, um ano depois de supostamente ter agredido sexualmente uma jovem em uma boate de Barcelona.

Alves, ex-jogador do Barcelona, ​​é acusado de agredir sexualmente a mulher na noite de 31 de dezembro de 2022. Ele nega qualquer irregularidade.

Depois de chegar em uma van da polícia, Alves sentou-se no tribunal vestido com uma camisa branca e calça jeans. Sua mãe também esteve presente no tribunal de Barcelona. O julgamento está previsto para durar até quarta-feira.

Os promotores estaduais buscam uma sentença de nove anos de prisão para Alves, se for condenado, enquanto os advogados que representam seu acusador querem 12 anos.

Espanha Futebol Dani Alves Julgamento de agressão sexual
Dani Alves no tribunal durante seu julgamento em Barcelona na segunda-feira (D Zorrakino/Pool Photo via AP)

De acordo com a lei espanhola de consentimento sexual de 2022, o crime de agressão sexual abrange uma vasta gama de crimes, desde abuso online e apalpadelas até violação, cada um com diferentes punições possíveis. Um caso de estupro pode acarretar pena máxima de 15 anos.

Alves, hoje com 40 anos, foi preso em 20 de janeiro de 2023, após responder a uma intimação policial durante uma visita à Espanha. Um tribunal determinou sua prisão após analisar o inquérito policial inicial e ouvir depoimentos da suposta vítima, de testemunhas e do próprio jogador.

Três dias após a sua detenção, Alves foi transferido pelas autoridades por razões de segurança para a prisão Brians 2, cerca de 45 minutos a noroeste de Barcelona. Ele está lá desde então.

Os pedidos de fiança de Alves foram negados porque o tribunal o considerou um risco de fuga, apesar de ele ter oferecido entregar o passaporte e usar um dispositivo de rastreamento. O Brasil não extradita seus próprios cidadãos quando estes são condenados em outros países.

Em depoimento dado aos promotores estaduais, a mulher disse que se encontrou com Alves tarde na boate Sutton, em um dos bairros nobres de Barcelona, ​​depois da meia-noite. Ela o acompanhou até uma área VIP e até um banheiro privativo, onde ele supostamente lhe deu um tapa, usou linguagem insultuosa e a estuprou, segundo seu depoimento.

Antes de ele ser indiciado por um juiz de instrução em agosto, os advogados de Alves tentaram, sem sucesso, desacreditar as provas apresentadas por seu acusador e outras testemunhas, apresentando imagens de câmeras de segurança da boate. O tribunal disse que qualquer suposto flerte não deve “de forma alguma justificar uma eventual agressão sexual”.

Alves já modificou sua defesa diversas vezes.

A princípio, ele negou ter visto a mulher quando foi dançar na noite em questão.

Ao ser preso, ele negou qualquer contato sexual com ela, apenas para admitir, três meses depois, um encontro sexual que, segundo ele, foi consentido pela mulher. Ele disse que estava tentando salvar seu casamento ao não admitir inicialmente o encontro sexual.

Na única entrevista que Alves concedeu desde a sua detenção, disse ao jornal espanhol La Vanguardia, em Junho, que “a minha consciência está tranquila sobre o que aconteceu naquela manhã cedo… O que aconteceu e o que não aconteceu. E o que não aconteceu é que forcei aquela mulher a fazer o que fizemos.”

Alves, cujo nome legal é Daniel Alves, mudou três vezes de advogado. No julgamento ele será representado por Ines Guardiola, especialista em defesa contratada em outubro.

A suposta vítima é representada por Ester Garcia, especialista em repressão de crimes sexuais.

O julgamento decorrerá perante um colectivo de três juízes presidido pela magistrada Isabel Delgado. Vinte e oito testemunhas prestarão depoimento entre segunda e terça-feira, antes de o tribunal ouvir os peritos na quarta-feira. O tribunal decidirá na segunda-feira quando Alves e seu acusador irão testemunhar.

O tribunal ordenou que as provas da acusadora sejam apresentadas à porta fechada e que nenhuma imagem dela possa ser tirada para proteger a sua identidade. A decisão veio depois que um vídeo circulou nas redes sociais no mês passado que supostamente identificava a mulher.

Alves foi condenado a reservar 150 mil euros para pagar à sua alegada vítima se for considerado culpado e condenado a pagar uma indemnização.

A prisão de Alves destruiu sua imagem de vencedor carismático com uma carreira longa e bem-sucedida.

Ele ganhou títulos importantes em vários clubes de elite, incluindo Barcelona, ​​Juventus e Paris Saint-Germain. Ele também ajudou o Brasil a conquistar dois troféus da Copa América e uma medalha de ouro olímpica. Ele disputou sua terceira Copa do Mundo, único título importante que não conquistou, em 2022.

O lateral-direito foi peça fundamental nos anos dourados do Barcelona, ​​jogando entre 2008-2016 como companheiro de Lionel Messi. Ele venceu a Liga dos Campeões três vezes nesse período pelo clube catalão, ao qual voltou brevemente em 2022.

Alves teve seu contrato com o clube mexicano Pumas rescindido imediatamente após sua prisão.

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