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Incêndio em dormitório feminino na Guiana matou 19 deliberadamente por estudante, diz autoridade


Investigadores na Guiana acreditam que um incêndio que matou 19 pessoas, a maioria meninas presas em um dormitório escolar, foi deliberadamente provocado por uma estudante que estava chateada porque seu celular foi confiscado, disse uma autoridade.

O suspeito, que está entre várias pessoas feridas, foi disciplinado pelo administrador do dormitório por ter um caso com um homem mais velho, disse o conselheiro de Segurança Nacional, Gerald Gouveia.

O estudante ameaçou incendiar o dormitório e depois ateou fogo em um banheiro, disse Gouveia.

O incêndio na noite de domingo atingiu o prédio de madeira, concreto e grades de ferro depois de ter sido trancado durante a noite pelo administrador do dormitório – ou mãe da casa – para evitar que as meninas escapassem, disse Gouveia.


O dormitório da escola Mahdia foi destruído pelo incêndio (Departamento de Informação Pública da Guiana via AP/PA)

“Ela fez isso por amor a eles. Ela sentiu que foi forçada a fazê-lo porque muitos deles saem do prédio à noite para socializar”, disse ele à Associated Press.

“Esta é uma situação muito triste, mas o estado vai trabalhar com os alunos e as famílias para fornecer todo o apoio de que precisam.”

Todas as vítimas, exceto uma, eram meninas indígenas de 12 a 18 anos de aldeias remotas servidas pelo internato em Mahdia, uma comunidade de mineração perto da fronteira com o Brasil.

A vítima restante era o filho de cinco anos da dona da casa.

Muitas das vítimas ficaram presas enquanto o prédio pegava fogo, embora os bombeiros tenham conseguido resgatar as pessoas abrindo buracos em uma das paredes.

“A dona da casa estava dormindo no momento dentro do prédio, mas entrou em pânico e não conseguiu encontrar as chaves certas para destrancar o prédio por dentro, mas conseguiu sair. Ela também perdeu o filho de cinco anos no incêndio”, disse Gouveia.

Muitas das nove pessoas hospitalizadas estão em estado grave.

Esperava-se que a polícia acusasse o homem que teve o relacionamento com a estudante de estupro porque ela tinha menos de 16 anos, disse Gouveia.

O governo da Guiana aceitou as ofertas dos EUA para enviar equipes forenses e de outros especialistas para ajudar na investigação, disse Gouveia.

O governo também enviou especialistas em identificação de DNA para ajudar a identificar os restos mortais de 13 das 19 vítimas que morreram no local.

“Líderes de todo o mundo têm se oferecido para nos ajudar neste momento. Eles estavam ligando e enviando mensagens para o presidente Ali (Irfaan) enquanto ele estava em Madhia na segunda-feira”, disse Gouveia.

Madhia é uma cidade mineira de ouro e diamantes a cerca de 200 milhas da capital, Georgetown.

O vice-chefe dos bombeiros, Dwayne Scotland, disse à AP que mais vidas poderiam ter sido salvas se o serviço tivesse sido informado do incêndio antes. Quando os bombeiros chegaram, os moradores locais lutavam sem sucesso para apagar o fogo e evacuar as pessoas, disse ele.

“O prédio foi bem engolfado”, disse ele.

O incêndio do dormitório desta semana superou o que havia sido o incêndio mais mortal do país nos últimos tempos, quando 17 detentos foram mortos na principal prisão de Georgetown em 2016.



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