Saúde

hospitais se recusam a escolher entre pacientes


Covid-19 em Marselha: hospitais se recusam a escolher entre os pacientes

A situação da saúde não está melhorando na França, especialmente na região de Bouches-du-Rhône. Bares e restaurantes estão fechados desde segunda-feira, 28 de setembro, por um período de 15 dias. Numa coluna publicada pelos chefes de departamento da AP-HM (Assistance-Publique – Hôpitaux de Marseille), os médicos evocam uma situação de saúde local preocupante.

Qual é a mensagem dos médicos?

O número de pessoas doentes com Covid-19 que requerem cuidados intensivos continua a aumentar lentamente nos estabelecimentos de cuidados localizados em Marselha. Os 19 chefes de serviços (reanimação, emergências, anestesia) e chefes de unidades COVID destacam as dificuldades encontradas no terreno. Desde agosto, eles têm enfrentado um fluxo “lento, mas contínuo” de hospitalizações e internações em terapia intensiva de pacientes com Covid-19, incluindo um terço de pacientes gravemente enfermos, com idades entre 40 e 65 anos. O CHU (Centro Hospitalar Universitário) quer oferecer atendimento aos pacientes em um ambiente sereno. Eles acrescentam que a “curva de ocupação de leitos vem crescendo há mais de 5 semanas”. A mensagem deles é clara: “as equipes de saúde não querem ter que escolher qual paciente irá ou não para terapia intensiva”.

Hospitais de Marselha estão começando a saturar

Os hospitais tomaram providências para cuidar de pacientes com Covid-19. No pólo de Infectologia do APHM, do IUH, as equipes acolhem 180 pacientes, sendo a capacidade inicial de 75 leitos. O problema é que isso ocorre às custas de pessoas com outras doenças graves. Além disso, nos restantes estabelecimentos “mais de 40% das camas de reanimação do APHM são ocupadas por doentes COVID”. Conseqüentemente, isso é prejudicial para “pacientes com outras doenças graves, como politrauma, câncer ou transplantes” que veem suas cirurgias adiadas ou mesmo canceladas. Apesar de uma tensão palpável e de um cansaço generalizado, os enfermeiros e os médicos dos vários centros de assistência atuam em total coesão e coordenação.

O que os médicos estão pedindo?

Os hospitais lutam para contratar profissionais do setor médico e paramédico para fortalecer suas equipes. Para eles, estancar a epidemia é uma prioridade: “por isso, é imprescindível que o fluxo de internações COVID no serviço abrande muito rapidamente para que possamos prestar um atendimento de qualidade a todos os pacientes”. Ciente das “terríveis consequências” da crise de saúde, o fórum busca antecipar-se ao máximo, para que em um futuro próximo os cuidadores não sejam obrigados a fazer escolhas.



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