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Agência eleitoral do Brasil rejeita pressão de Bolsonaro para anular votos


O chefe da autoridade eleitoral do Brasil rejeitou o que chamou de pedido “bizarro e ilícito” do partido político do presidente Jair Bolsonaro para anular as cédulas lançadas na maioria das urnas eletrônicas, o que teria anulado a eleição de 30 de outubro.

Alexandre de Moraes havia emitido uma decisão anterior que implicitamente levantava a possibilidade de que o Partido Liberal de Bolsonaro pudesse sofrer como resultado de tal desafio.

O chefe eleitoral havia estabelecido um prazo de 24 horas para que o partido apresentasse seu relatório alterado sobre os resultados do primeiro turno eleitoral em 2 de outubro.

Mais cedo na quarta-feira, o presidente do partido, Valdemar Costa, e o advogado Marcelo de Bessa deram entrevista coletiva e disseram que não haveria relatório alterado.


Valdemar Costa Neto, líder do Partido Liberal (AP) do presidente Jair Bolsonaro

O Sr. de Moraes escreveu em sua decisão horas depois: “A completa má-fé do pedido bizarro e ilícito do autor … narrativa totalmente fraudulenta dos fatos”.

Ele também ordenou a suspensão de fundos do governo para a coligação do Partido Liberal até que uma multa de R$ 23 milhões (£ 3,6 milhões) por litigância de má-fé seja paga.

Na terça-feira, o Sr. de Bessa apresentou um pedido de 33 páginas em nome do Sr. Bolsonaro e do Sr. Costa citando um bug de software na maioria das máquinas do Brasil – eles não têm números de identificação individual em seus registros internos – para argumentar que todos os votos que eles registraram deveriam ser anulado.

De Bessa disse que isso deixaria Bolsonaro com 51% dos votos válidos restantes.

Nem Costa nem De Bessa explicaram como o bug pode ter afetado os resultados das eleições.

Especialistas independentes consultados pela Associated Press disseram que, embora recém-descoberto, o bug não afeta a confiabilidade e cada máquina de votação ainda é prontamente identificável por outros meios. Em sua decisão, o Sr. de Moraes observou o mesmo.


Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro protestam contra o resultado (AP)

Ele também escreveu que a contestação à votação parecia destinada a incentivar movimentos de protesto antidemocráticos e criar tumulto, e ordenou a investigação de Costa e do consultor contratado para fazer uma avaliação.

Mauricio Santoro, professor de ciências políticas da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, disse: “A mensagem de De Moraes para o establishment político é: o jogo acabou. Questionar o resultado das eleições não é um jogo justo, e as pessoas e instituições que o fizerem serão severamente punidas.”

Na entrevista coletiva na quarta-feira, Costa disse que sua intenção é apenas evitar que os resultados da votação de 2022 assombrem o Brasil no futuro.

Em 30 de outubro, a autoridade eleitoral ratificou a vitória do inimigo de Bolsonaro, o ex-presidente esquerdista Luiz Inácio Lula da Silva, e até mesmo muitos dos aliados do presidente aceitaram rapidamente os resultados.

Os manifestantes em cidades de todo o país se recusaram firmemente a fazer o mesmo, principalmente com o Sr. Bolsonaro se recusando a ceder.

Bolsonaro passou mais de um ano alegando que o sistema de votação eletrônica do Brasil é propenso a fraudes, sem nunca apresentar provas.



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