A influência da glândula pineal na enxaqueca e cefaleias em salvas e efeitos do tratamento com campos magnéticos picoTesla
Por mais de meio século, os pontos de vista geralmente aceitos sobre a patogênese da enxaqueca foram baseados nas teorias de Harold Wolff, implicando mudanças no tônus vascular cerebral no desenvolvimento da enxaqueca. Estudos recentes, baseados no conceito de depressão disseminada de Leão, favorecem a lesão neuronal primária com envolvimento secundário da circulação cerebral. Em contraste com a enxaqueca, a patogênese da cefaleia em salvas (CH) permanece totalmente indefinida. Tanto a enxaqueca quanto o HC são distúrbios cíclicos caracterizados por exacerbações e remissões espontâneas, variabilidade sazonal dos sintomas e uma relação com uma variedade de fatores desencadeantes ambientais. CH em particular tem uma forte regularidade circadiana e sazonal. Já está bem estabelecido que a glândula pineal é um órgão adaptativo que mantém e regula a homeostase cerebral por meio do “ajuste fino” dos ritmos biológicos por meio da mediação da melatonina. Como a enxaqueca e o HC refletem respostas adaptativas anormais às influências ambientais, resultando em uma reatividade neurovascular aumentada, proponho que a glândula pineal seja um mediador crítico em sua patogênese. Esta nova hipótese fornece uma estrutura para pesquisas futuras e desenvolvimento de novas modalidades terapêuticas para essas síndromes de cefaléia crônica. O sucesso no tratamento de um paciente com crise aguda de enxaqueca com campos magnéticos externos, que inibem agudamente a secreção de melatonina em animais e humanos, atesta a importância da glândula pineal na patogênese da enxaqueca.
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