Cúrcuma

A curcumina como um agente anticâncer: revisão da lacuna entre as aplicações básicas e clínicas


A curcumina, comumente chamada de diferuloil metano, é um polifenol hidrofóbico derivado do rizoma (açafrão) da erva Curcuma longa. Uma extensa pesquisa ao longo do último meio século revelou funções importantes da curcumina. Pesquisas in vitro e in vivo têm demonstrado diversas atividades, como antiinflamatória, liberação de citocinas, antioxidante, imunomoduladora, potencialização do processo apoptótico e propriedades antiangiogênicas. A curcumina também demonstrou ser um mediador de quimio-resistência e rádio-resistência. O efeito anticancerígeno foi observado em alguns ensaios clínicos, principalmente como um agente de quimioprevenção nativo em câncer de cólon e pâncreas, neoplasia cervical e metaplasia de Barrets. Alguns estudos clínicos com voluntários saudáveis ​​revelaram uma baixa biodisponibilidade da curcumina, lançando dúvidas sobre o uso da curcumina apenas como aditivo alimentar. Nossa experiência clínica com a curcumina, juntamente com o antimetabolito gemcitabina no tratamento de pacientes com carcinoma pancreático avançado, produziu uma resposta objetiva em menos de 10% dos pacientes, com um efeito mínimo na sobrevida. No entanto, a segurança desta combinação foi comprovada. A potente atividade antiproliferativa da curcumina interagindo com várias vias de transdução de sinal intracelular pode potencializar o efeito antitumoral da gencitabina. Os dados pré-clínicos conduziram a vários, mas ainda escassos, estudos clínicos (alguns em curso) que demonstraram a possível eficácia deste tratamento como agente quimiopreventivo ou quimioterapêutico. Esta revisão enfocará as evidências clínicas, incluindo nossa experiência com a curcumina como agente quimiopreventivo e terapêutico e os resultados de background in vitro.



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