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Ucrânia, clima? O Prêmio Nobel da Paz deve ser anunciado sob nuvens de guerra | Noticias do mundo


o prémio Nobel da Paz será revelado na sexta-feira, com especialistas especulando que poderia ir para críticos de Vladimir Putin, ativistas climáticos ou até mesmo nenhum prêmio em meio à guerra na Ucrânia.

O clímax da temporada do Nobel, o ganhador do Prêmio da Paz será anunciado às 11h (0900 GMT) em Oslo, tendo como pano de fundo a invasão da Ucrânia por Moscou, que mergulhou a Europa em uma de suas piores crises desde a Segunda Guerra Mundial.

O Comitê Nobel norueguês mantém a lista de indicações em segredo bem guardado, mas sabe-se que tem 343 nomes, incluindo 251 indivíduos e 92 organizações.

Com a Ucrânia dominando as manchetes desde o início do ano, alguns especialistas em prêmios dizem que é duvidoso que o comitê possa ignorá-lo.

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“É provável que veremos um prêmio que, de uma forma ou de outra, apontará na direção da Ucrânia”, disse o diretor do Instituto de Pesquisa da Paz de Oslo, Henrik Urdal, à emissora norueguesa NRK poucas horas antes do anúncio.

Nesse caso, ele disse que os possíveis laureados podem ser a líder da oposição bielorrussa Svetlana Tikhanovskaya e o dissidente russo Alexei Navalny, espinhos no Kremlin e um de seus poucos aliados na guerra, o homem forte da Bielorrússia Alexander Lukashenko.

Ou poderia ir ao Tribunal Internacional de Justiça com sede em Haia, que em março ordenou o fim imediato da ofensiva russa, ou ao Alto Comissariado da ONU para Refugiados, já que milhões de pessoas foram deslocadas pelo conflito.

Urdal também mencionou aqueles que documentam suspeitos de crimes de guerra, como o Tribunal Penal Internacional (TPI), também com sede em Haia, ou o site investigativo Bellingcat.

As chances do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, são vistas como mínimas enquanto a guerra estiver em andamento, embora ele seja o favorito dos apostadores.

Outros observadores do Nobel – incluindo Oda Andersen Nyborg, chefe do Conselho Norueguês de Paz – sugeriram que o prêmio poderia este ano ir para os ativistas climáticos, quando os alarmes do planeta soarem.

A ativista adolescente sueca Greta Thunberg é vista como uma potencial ganhadora do Nobel há vários anos, apesar de sua pouca idade, e pode levar para casa o prêmio com seu movimento “Fridays for Future”, o naturalista britânico David Attenborough ou outros ambientalistas.

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‘Mundo tenso’

Os cinco membros do comitê do Nobel também podem seguir uma direção totalmente diferente, ou até mesmo decidir não conceder o prêmio, como já fizeram 19 vezes no passado, mais recentemente há 50 anos.

O chefe do comitê deu a entender, porém, que o painel havia escolhido um ou vários laureados – até três podem ser homenageados.

A decisão foi “talvez ainda mais difícil” este ano, disse Berit Reiss-Andersen, presidente do Comitê Nobel da Noruega, à NRK, observando que “estamos vivendo uma situação de segurança difícil e um mundo tenso”.

No ano passado, o Prêmio da Paz coroou dois campeões da liberdade de imprensa, a jornalista filipina Maria Ressa e seu colega russo Dmitry Muratov.

O Prêmio da Paz é o único Nobel concedido em Oslo, com as outras disciplinas anunciadas em Estocolmo.

Na segunda-feira, o Prêmio de Medicina deu início à temporada 2022, indo para o paleogeneticista sueco Svante Paabo, que descobriu o DNA neandertal e o até então desconhecido hominídeo Denisova.

O Prêmio de Física na terça-feira homenageou Alain Aspect da França, Anton Zeilinger da Áustria e John Clauser dos Estados Unidos por suas descobertas no campo do emaranhamento quântico.

Na quarta-feira, o Prêmio de Química foi para outro trio, Carolyn Bertozzi e Barry Sharpless, dos Estados Unidos, juntamente com Morten Meldal, da Dinamarca, por lançar as bases para uma forma mais funcional de química onde as moléculas estão ligadas, chamada de química do clique.

A escritora francesa Annie Ernaux ganhou na quinta-feira o Prêmio Nobel de Literatura, a 17ª mulher a receber o aceno de 119 laureados de literatura desde 1901.

A temporada do Nobel termina segunda-feira com o Prêmio Nobel de Economia.



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