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Políticos russos endossam suspensão de pacto nuclear com os EUA


Ambas as casas do Parlamento da Rússia endossaram rapidamente a decisão do presidente Vladimir Putin de suspender o último tratado de armas nucleares com os Estados Unidos, com autoridades e políticos lançando-o como um aviso de 11 horas para Washington em meio às tensões sobre a Ucrânia.

Putin declarou que Moscou estava suspendendo sua participação no tratado New Start de 2010 em seu discurso sobre o estado da nação na terça-feira, dizendo que a Rússia não pode aceitar inspeções dos EUA em suas instalações nucleares sob o pacto, enquanto Washington e seus aliados da Otan declararam abertamente o gol da derrota da Rússia na Ucrânia.

O presidente russo enfatizou que Moscou não estava se retirando totalmente do pacto, e o Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse que o país respeitaria os limites de armas nucleares estabelecidos pelo tratado e continuaria notificando os EUA sobre lançamentos de teste de mísseis balísticos.


O presidente russo, Vladimir Putin, chega para fazer seu discurso anual sobre o estado da nação em Moscou na terça-feira (Ramil Sitdikov/ Sputnik/Kremlin Pool Photo/AP)

Dmitry Medvedev, vice-chefe do Conselho de Segurança da Rússia presidido por Putin, enfatizou na quarta-feira que a suspensão da participação da Rússia no pacto foi um sinal para os EUA de que Moscou está pronta para usar armas nucleares para se proteger.

“Se os EUA querem a derrota da Rússia, temos o direito de nos defender com qualquer arma, inclusive nuclear”, disse Medvedev em seu canal de aplicativo de mensagens. “Deixe as elites americanas que perderam o contato com a realidade pensarem no que conseguiram. Se os EUA querem que a Rússia seja derrotada, estamos à beira de um conflito global”.

Leonid Slutsky, chefe do comitê de relações exteriores da Câmara dos Deputados, a Duma Estatal, enfatizou que a suspensão é “reversível e pode ser revista se nossos oponentes ocidentais voltarem à razão e perceberem sua responsabilidade pela destruição do sistema de segurança global”.

O vice-ministro das Relações Exteriores, Sergei Ryabkov, também observou que caberia a Putin decidir se Moscou poderia retornar ao pacto. “O presidente determinará se e quando surgirem as condições para revisar ou esclarecer a decisão de ontem”, disse ele a repórteres.

Ryabkov observou que a capacidade de vigilância da Rússia permitirá que ela acompanhe as forças nucleares dos EUA, mesmo sem trocas de dados e inspeções previstas pelo New Start.

“Sem dúvida, seguiremos as ações dos EUA e de seus aliados de perto e tomaremos outras contramedidas, se necessário”, disse Ryabkov.



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