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Plano do Reino Unido de deportar requerentes de asilo para Ruanda considerado ilegal pelo tribunal superior


O Supremo Tribunal do Reino Unido decidiu que a política de asilo do Ruanda é ilegal, num grande golpe para a promessa de Rishi Sunak de “parar os barcos”.

Os juízes do mais alto tribunal do Reino Unido rejeitaram o apelo do governo britânico sobre a sua política de remoção de requerentes de asilo para o país da África Oriental caso cheguem por meios não autorizados.

É improvável que os voos que removem à força migrantes para Kigali ocorram logo após a decisão sobre a política emblemática que está paralisada por mais de um ano de contestações legais.

Reunião de Gabinete
David Cameron e James Cleverly com outros membros do gabinete do Reino Unido (Kin Cheung/PA)

Num resumo do acórdão lido pelo Presidente do Supremo Tribunal, Lord Reed, na quarta-feira, os juízes concluíram que haveria o risco de verdadeiros requerentes de asilo serem devolvidos pelo Ruanda ao país de origem de onde fugiram.

A principal política de asilo foi anunciada pela primeira vez por Boris Johnson em Abril de 2020, mas nem um único migrante foi removido para Kigali após uma série de desafios legais.

Sunak dará seu veredicto sobre a decisão após as perguntas do primeiro-ministro, antes que o novo secretário do Interior, James Cleverly, forneça mais detalhes.

Suella Braverman alertou, após sua demissão do cargo de secretária do Interior do Reino Unido, que não existe um “Plano B confiável” se o tribunal rejeitar o recurso de governo.

Numa decisão unânime dos cinco juízes superiores, concordaram que o Tribunal Superior tinha o direito de decidir que existem motivos “substanciais” para acreditar que existe um “risco real” de os refugiados regressarem a casa.

Mas Lord Reed deixou claro que o julgamento incidia apenas sobre o risco actual no Ruanda e disse que as mudanças necessárias para reduzir o risco “podem ser realizadas no futuro”.



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