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Pesquisadores do IIT-H encontram ‘nova molécula’ para tratar ALS – Últimas Notícias


Instituto Indiano de Tecnologia Hyderabad (IIT-H) disseram que seus pesquisadores descobriram uma molécula chamada ‘AIM4’ que mostra promessa no tratamento de uma doença neurodegenerativa rara e debilitante denominada «Esclerose Lateral Amiotrófica» (ALS)

A ELA é um distúrbio neurodegenerativo que afeta gravemente o movimento voluntário dos músculos e pode levar à paralisia e à morte. Ocorre devido a alterações em genes específicos, que podem ser desencadeados por fatores como tabagismo, exposição a toxinas, metais e pesticidas.

Os resultados desta pesquisa foram recentemente publicados no International Journal of Biological Macromolecules.

Segundo o Instituto, atualmente não existem medicamentos disponíveis para curar a ELA e as opções de tratamento são limitadas a dois medicamentos apenas para o tratamento da doença.

“Uma das causas da ELA é a alteração nos genes que codificam uma condição crítica proteína chamado TDP-43. A alteração genética modifica a proteína, o que resulta em sua separação de fase líquido-líquido. Essa separação de fases, por sua vez, faz com que as proteínas sejam depositadas nas células nervosas, resultando em neurodegeneração“, disse o pesquisador do estudo Basant Kumar Patel, professor associado do Departamento de Biotecnologia, IIT Hyderabad.

Em 2016, Patel e sua equipe encontraram uma pequena molécula chamada ‘AIM4’, que parecia ser melhor do que as outras moléculas relacionadas que foram estudadas em todo o mundo, em sua capacidade de inibir a agregação anormal da doença ALS TDP-43 in vitro sistemas modelo.

Com esse conhecimento, os cientistas do IIT-H passaram a analisar essa molécula e a estudar sua ação no TDP-43, para prever como ele potencialmente inibiria a deposição da proteína nas células nervosas.

“Mostramos que o AIM4 impede a separação de fase líquido-líquido da proteína modificada, TDP-43-A315T. Com isso, o AIM4 impede a agregação da proteína e pode potencialmente impedir a deposição nos neurônios”, disse Patel.



O grupo de pesquisa comparou a capacidade do AIM4 de impedir a separação da fase proteica com a de outras moléculas como o Dimebon.

Dimebon é um anti-histamínico que foi estudado para o tratamento de distúrbios neurodegenerativos por uma empresa farmacêutica americana, mas falhou em ensaios clínicos.

A equipe descobriu que o AIM4 era melhor do que essas moléculas anteriores na prevenção da separação de fases da proteína.

A equipe de pesquisa também descobriu através de estudos computacionais que o AIM4 possui um local de ligação específico nessa proteína e os cálculos de energia de ligação mostraram que a ligação entre o AIM4 e a proteína mutante é energeticamente favorável, o que o torna um medicamento promissor para o potencial tratamento da ELA.


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