Saúde

O outro lado da dor


Quando falamos em luto – se o fizermos -, geralmente é enquadrado no conceito dos cinco estágios. Você trabalhará em cada estágio (negação, raiva, barganha, depressão e aceitação) após uma perda e, magicamente, se sentirá inteiro novamente, certo?

Em uma cultura desconfortável em conversar sobre o luto, esse puro conceito de cura – de restaurar as coisas do jeito que eram – pode confortar a pessoa que está de luto, bem como aqueles que a cercam e que não sabem o que dizer.

Infelizmente, não é assim que o luto funciona.

As pessoas que sofrem perdas profundas estão navegando para uma nova normalidade e desenvolvendo uma maneira de lidar com questões profundas da dor, momentos inesperados e cenários complicados.

Nas 10 histórias de The Other Side of Grief, surge uma discussão inegável: uma perda profunda não é algo de que você “segue em frente” ou “supera”. Está mudando a vida.

Mesmo anos depois, os autores escrevem que uma sensação de perda profunda ocorre em ciclos, está escondida nos cantos da sua casa para você tropeçar inesperadamente e se torna parte de você para sempre.

Não existe um caminho certo ou um caminho para se curar após uma perda. Os artigos desta série mostram os vários aspectos do luto, desde a tentativa de encontrar um vislumbre de felicidade no yoga de cabras até a redescoberta da intimidade física.

Talvez você ache que a dor ainda não o tocou.

Pedimos que você reconsidere. A profundidade do luto após a morte de um ente querido pode ser inconcebível, mas os sentimentos não são completamente inimagináveis. Afinal, você pode sofrer rupturas devastadoras, diagnósticos crônicos, infertilidade ou Old Yeller.

O luto não é uma disputa de quem perde primeiro ou mais.

Quando alguém que você conhece acaba sofrendo, esperamos que essas histórias o encorajem a quebrar o silêncio que geralmente se instala após o funeral e perguntar: “Como você está?”

Essas histórias também celebram a vida após a morte. Cada história trabalha em direção a uma nova normal, uma nova dinâmica, uma nova rotina.

Há consolo em explorar essa resiliência juntos, em se sustentar, em compartilhar – e ouvir – o outro lado da dor.

– Whitney Akers, editora de recursos e Sara Giusti, editora de cópias e colaboradora da série

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Editor: Whitney Akers
Ilustrações: Ruth Basagoitia
Contribuintes: Anjali Pinto, Jim Walter, Brandi Koskie, Theodora Blanchfield, Jacqui Morton, Sara Giusti, Kari O’Driscoll, Angie Ebba, Juli Fraga
Produção: Nadia Najd
Agradecimentos especiais: Rita Mauceri


Whitney Akers é editora da Healthline.



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