Ômega 3

Interações de ácidos graxos n-3 com canais iônicos em tecidos excitáveis


Em resumo, mostramos que a explicação convencional para o local de ação de um ligante que altera a condutância de um canal iônico de membrana é que o ligante interage ou se liga à proteína do canal iônico, alterando sua condutância, é inadequada para explicar o local de ação dos PUFAs n-3 antiarrítmicos. Mostramos que, quando uma asparagina neutra é substituída por uma lisina carregada positivamente no local do aminoácido N406 na subunidade alfa do canal de sódio cardíaco humano, os ácidos graxos n-3 perdem sua ação inibitória na corrente de sódio. A inadequação desse achado para explicar o local primário de ação dos PUFAs n-3 é demonstrada pelo efeito inibitório em todos os outros canais iônicos cardíacos, até agora testados. Mostramos que os canais iônicos, que não compartilham homologia de aminoácidos com os PUFAs, têm sua condutância também reduzida na presença dos PUFAs. Assim, uma estrutura conceitual ou paradigma mais geral é necessária para dar conta da ampla ação dos PUFAs em diversos diferentes canais iônicos sem homologia de aminoácidos. Temos testado a hipótese da tensão da membrana de Andersen e associados. De acordo com essa hipótese, os ácidos graxos não estão agindo diretamente na proteína do canal iônico, mas se acumulando na membrana fosfolipídica em justaposição imediata ao local da membrana onde a proteína do canal iônico penetra na bicamada fosfolipídica da membrana. Isso altera as tensões de membrana exercidas pela membrana fosfolipídica no canal iônico, que por sua vez causa mudanças conformacionais no canal iônico, alterando a condutância do canal iônico. Nossos dados preliminares parecem apoiar esta hipótese de tensão da membrana.



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