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Ex-presidente do Brasil Bolsonaro se apresenta à polícia e nega participação em tumultos | Noticias do mundo


O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro negou na quarta-feira qualquer envolvimento em distúrbios antigovernamentais de seus apoiadores em janeiro, quando compareceu à polícia federal.

O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro cumprimenta jornalistas ao deixar a sede da Polícia Federal após testemunhar sobre os distúrbios de 8 de janeiro, em Brasília, Brasil, 26 de abril de 2023. REUTERS/Ueslei Marcelino(REUTERS)
O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro cumprimenta jornalistas ao deixar a sede da Polícia Federal após testemunhar sobre os distúrbios de 8 de janeiro, em Brasília, Brasil, 26 de abril de 2023. REUTERS/Ueslei Marcelino(REUTERS)

O líder de extrema direita está sendo investigado por seu suposto papel de mentor e instigador dos distúrbios que buscavam a derrubada de seu sucessor, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Bolsonaro, que voltou Brasil no final de março depois passando três meses no estado americano da Flóridafoi interrogado por mais de duas horas na sede da Polícia Federal em Brasília, mas saiu em um veículo com vidros fumê sem falar com os repórteres.

Pouco depois, o porta-voz de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, disse à imprensa que o ex-presidente havia “repudiado todos os infelizes acontecimentos ocorridos em Brasília” no dia do motim.

Uma das razões pelas quais a investigação foi iniciada foi porque, dois dias após o motim, Bolsonaro compartilhou um vídeo nas redes sociais de um promotor contestando a validade da vitória de Lula.

O advogado de Bolsonaro, Paulo Bueno, disse que o presidente estava sob efeito de medicamentos e havia acabado de ser internado quando compartilhou o vídeo.

“O compartilhamento foi tão acidental que ele não mencionou depois e logo apagou”, disse Bueno após a audiência.

Lula, que anteriormente liderou o Brasil de 2003 a 2010, venceu por pouco Bolsonaro em uma eleição turbulenta e divisiva em outubro passado.

Milhares de apoiadores de Bolsonaro invadiram o Congresso, o Supremo Tribunal Federal e o palácio presidencial em Brasília no dia 8 de janeiro, uma semana após a posse de Lula.

Em cenas que lembram os distúrbios de 6 de janeiro de 2021 em Washington por partidários do ex-presidente Donald Trump – modelo político de Bolsonaro – eles destruíram escritórios, quebraram janelas, vandalizaram obras de arte e pediram a intervenção militar para derrubar Lula.

Cerca de 1.800 pessoas foram presas.

Numerosas investigações

Bolsonaro deixou o Brasil rumo à Flórida no dia 30 de dezembro, dois dias antes de entregar a faixa presidencial a Lula.

Em 13 de janeiro, o juiz do Supremo Tribunal Alexandre de Moraes abriu uma investigação sobre o suposto envolvimento de Bolsonaro no ataque violento de 8 de janeiro, no qual os manifestantes romperam facilmente um cordão de segurança.

Uma comissão parlamentar de inquérito deve ser criada em breve no Congresso para lançar luz sobre os eventos de 8 de janeiro.

O ex-capitão do Exército Bolsonaro já havia sido interrogado pela polícia em 5 de abril em relação a uma acusação de que ele tentou importar ilegalmente milhões de dólares em joias oferecidas pela Arábia Saudita.

Uma fonte próxima ao ex-presidente disse à AFP que ele negou a acusação.

Bolsonaro é alvo de pelo menos 16 outras investigações nas quais, se considerado culpado, pode ser condenado à prisão ou inabilitado para a política.



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