Ericsson vai reorganizar operações e dois executivos vão embora
Chefe executivo Borje Ekholm disse que a medida visa aumentar o desempenho em vez de cortar custos, e disse que é muito cedo para dizer se haverá perda de empregos.
A Ericsson, que concorre com a Nokia e Huawei para vendas de equipamentos de telecomunicações, teve um início de ano difícil que corroeu o preço de suas ações e alimentou um clamor de acionistas.
A empresa divulgou em fevereiro uma investigação interna sobre má conduta no Iraque que a expôs a uma possível multa de reguladores dos EUA.
Ekholm insistiu que a atual reformulação da estratégia não estava ligada aos eventos do início deste ano, que, segundo ele, atrasaram o lançamento.
“O que estamos fazendo é manter o núcleo de nossa estratégia, que é liderar os negócios de infraestrutura móvel”, disse Ekholm em entrevista.
“Nossa próxima etapa da estratégia é começar a crescer e estabelecer uma presença no segmento empresarial.”
Uma nova unidade de negócios foi criada pela fusão de serviços digitais e serviços gerenciados para construir expertise em nuvem e produtos para automação e inteligência artificial, a ser liderada por Per Narvinger, que ingressou na Ericsson em 1997.
O negócio de serviços digitais tem lutado para voltar ao crescimento devido à perda das principais oportunidades de 5G na China, um aumento mais lento em outros lugares e maiores gastos com pesquisa.
“Esperamos que, com uma mudança de divisão e uma nova administração, essa área problemática possa mostrar melhorias após vários anos de decepção”, escreveram analistas do Citi em nota de pesquisa.
Outra nova unidade de negócios sem fio corporativo, a ser liderada pelo CEO da Cradlepoint, George Mulhern, desenvolverá produtos relacionados ao 5G para atender às necessidades das grandes empresas.
“Está de certa forma simplificando a estrutura do nosso lado e coordenando nossas iniciativas”, disse Ekholm.
Os executivos da Ericsson, Arun Bansal, atual vice-presidente executivo, e Peter Laurin, chefe de serviços gerenciados da área de negócios, deixarão a empresa.
A nova organização entrará em vigor em 1º de junho.
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