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Declarações de inocência apresentadas no julgamento de sedição de Jordan, diz advogado de defesa


Um ex-conselheiro do rei Abdullah II da Jordânia e um parente do monarca se declararam inocentes das acusações de sedição e incitamento, disse um advogado de defesa.

O tão aguardado julgamento foi realizado sob forte segurança e fechado para a mídia.

As acusações giram em torno de uma rixa pública sem precedentes na família real tradicionalmente discreta. Os réus são acusados ​​de conspirar com um rei sênior – o príncipe Hamzah, meio-irmão do rei – para fomentar a agitação contra o monarca enquanto solicitava ajuda estrangeira.

Hamzah não está enfrentando acusações, com o rei dizendo que a família real está cuidando do assunto em particular. Mesmo assim, ele é a figura central no caso, e os advogados de defesa disseram que planejam chamá-lo para depor.

Desde que o drama irrompeu abertamente no início de abril, com Hamzah sendo colocado em prisão domiciliar, narrativas conflitantes giraram em torno do popular príncipe. Ele é um campeão dos jordanianos comuns que sofrem de má administração econômica e corrupção, ou um real descontente que nunca perdoou Abdullah por tirar seu título de príncipe herdeiro em 2004.


Rei Abdullah II da Jordânia, centro, Príncipe Hamzah, segunda à esquerda e outros durante uma visita ao túmulo do falecido Rei Hussein, em Amã Jordânia (Conta do Twitter da Corte Real via AP, Arquivo)

A acusação, lida no tribunal na segunda-feira, alega que Hamzah foi movido por ambição pessoal e determinado a se tornar rei. Ele diz que o príncipe e os dois réus – Sharif Hassan bin Zaid, um membro da realeza, e Bassem Awadallah, um ex-conselheiro real – conspiraram para agitar o descontentamento.

Awadallah, que tem cidadania jordaniana, norte-americana e saudita, ocupou cargos importantes na Jordânia, incluindo chefe da corte real e ministro do planejamento. Mais tarde, ele serviu como enviado oficial do rei à Arábia Saudita e tem laços estreitos com o poderoso príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman.

Bin Zaid é um primo distante do rei.

Eles são as figuras mais importantes do establishment a comparecer ao tribunal de segurança, que normalmente vai atrás de infratores da legislação antidrogas ou supostos militantes.

O advogado de defesa Mohammad Afeef, que representa Awadallah, disse a jornalistas que esperavam do lado de fora da segurança do estado que os dois réus se declararam “inocentes”. Ele disse que o tribunal ouviu duas testemunhas de acusação e que outra sessão seria realizada na terça-feira.

Um vídeo que vazou de dentro do tribunal mostra Awadallah, vestindo o uniforme azul claro de detidos e uma máscara facial, enquanto era conduzido por guardas por uma sala do tribunal. A mídia estatal publicou as imagens e fotos de Awadallah em seus sites.

Desde que a divisão real se tornou pública, ela quebrou tabus na Jordânia e gerou nervosismo nas capitais estrangeiras, com as potências ocidentais se reunindo em apoio de Abdullah, um aliado indispensável em uma região instável.

O caso expôs rivalidades na dinastia Hachemita da Jordânia e gerou críticas públicas sem precedentes ao monarca.



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