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UE vai revelar regras climáticas rígidas e impostos para empresas estrangeiras sobre poluição


A União Europeia está revelando uma nova legislação abrangente para ajudar a cumprir sua promessa de reduzir as emissões dos gases que causam o aquecimento global em 55% nesta década.

As medidas incluem um polêmico plano de tributar as empresas estrangeiras pela poluição que causam.

As propostas da Comissão Europeia, que é o braço executivo da UE, vão abranger desde limites mais rígidos para a poluição de automóveis até novos limites nacionais para gases de edifícios.

Haverá uma reformulação do esquema de comércio de emissões do bloco, segundo o qual as empresas pagam pelos gases que enviam para a atmosfera.

A nova legislação envolverá cerca de uma dúzia de propostas importantes – a maioria delas com base em leis já em vigor para cumprir a antiga meta da UE de um corte de 40% nas emissões de gases até 2030, em comparação com os níveis de 1990 – e deve ser endossada pelos 27 membros países e legisladores da UE.

Os líderes mundiais concordaram há seis anos em Paris em manter o aumento do aquecimento global abaixo de 2C, e idealmente não mais do que 1,5C até o final do século.

Os cientistas dizem que ambas as metas serão perdidas por uma larga margem, a menos que medidas drásticas sejam tomadas para começar a cortar as emissões de gases de efeito estufa.

A Comissão Europeia quer explorar o sentimento público de mudança provocado pela pandemia de Covid-19.

Já está canalizando mais de um terço de um enorme pacote de recuperação que visa reviver as economias europeias devastadas pelas restrições do coronavírus em metas orientadas para o clima.

O objetivo da legislação “Adequada para 55”, dizem os funcionários da comissão, é livrar o continente dos combustíveis fósseis e cuidar melhor do meio ambiente por meio de políticas, em vez de ser forçado a tomar medidas desesperadas em algum ponto de inflexão climático futuro – quando é tarde demais.

Dadas as implicações, as propostas certamente estarão sujeitas a intenso lobby da indústria e de grupos ambientais à medida que passarem pelo processo legislativo pelo menos no próximo ano.

Eles também encontrarão resistência por causa das combinações de energia muito diferentes nos países membros, que vão desde a Polônia dependente do carvão até a França dependente do nuclear.

Entre os elementos mais polêmicos está um plano para um “Mecanismo de Ajuste de Fronteira de Carbono”.

Imporá tarifas sobre empresas estrangeiras e, assim, aumentará o preço de certos bens, principalmente produtos siderúrgicos.

O objetivo é diminuir a pressão sobre os produtores europeus que reduzem as emissões, mas lutam para competir com importadores que não têm as mesmas restrições ambientais.

A questão é como a UE – conhecida por sua firme defesa do comércio aberto – garantirá que o imposto sobre o carbono cumpra as regras da Organização Mundial do Comércio e não seja considerado uma medida protecionista.



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