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Rússia faz ‘pausa operacional’ na Ucrânia, dizem analistas


A Rússia pode estar aliviando temporariamente sua ofensiva na Ucrânia, enquanto os militares do país tentam reunir suas forças para um novo ataque, disseram analistas.

As forças russas não reivindicaram ou avaliaram ganhos territoriais na Ucrânia na quarta-feira “pela primeira vez em 133 dias de guerra”, segundo o Instituto para o Estudo da Guerra.

O think tank com sede nos EUA sugeriu que Moscou pode estar fazendo uma “pausa operacional” que não implique “a cessação completa das hostilidades ativas”.

Militares ucranianos perto da linha de frente na região de Kharkiv (Andrii Marienko/AP)

“As forças russas provavelmente se limitarão a ações ofensivas de escala relativamente pequena, enquanto tentam estabelecer condições para operações ofensivas mais significativas e reconstruir o poder de combate necessário para tentar esses empreendimentos mais ambiciosos”, disse o instituto.

Os bombardeios continuaram no leste da Ucrânia, onde pelo menos nove civis foram mortos e seis ficaram feridos em 24 horas, disseram autoridades ucranianas.

O gabinete presidencial da Ucrânia disse em sua atualização da manhã de quinta-feira que cidades e vilarejos em sete regiões ucranianas foram bombardeados no dia anterior. A maioria das mortes de civis ocorreu na província de Donetsk, onde os combates estavam em andamento. Sete civis foram mortos lá, incluindo uma criança, disse o gabinete presidencial.

Dez cidades e vilarejos foram bombardeados em Donetsk e 35 prédios foram destruídos, incluindo uma escola, uma escola profissionalizante e um hospital, acrescentaram autoridades.

Moradores limpam uma rua no distrito de Saltivka após ataques russos em Kharkiv (Evgeniy Maloletka/AP)

Donetsk faz parte do Donbas, uma área industrial de língua russa onde se concentram os soldados mais experientes da Ucrânia. Os separatistas pró-Rússia lutaram contra as forças ucranianas e controlaram grande parte do Donbas por oito anos.

O presidente russo Vladimir Putin reconheceu a independência de duas autoproclamadas repúblicas pouco antes da Rússia invadir a Ucrânia em 24 de fevereiro.

Putin reivindicou a vitória em Luhansk, a outra província que constitui o Donbas, na segunda-feira, depois que as forças ucranianas se retiraram da última cidade que controlavam lá.

O governador de Luhansk, Serhiy Haidai, negou na quarta-feira que os russos tenham capturado completamente a província.

Prédio de apartamentos danificado por ataque russo em Kharkiv (Evgeniy Maloletka/AP)

Um internato foi atingido, mas ninguém ficou ferido, em Kharkiv – a segunda maior cidade da Ucrânia.

A região de Kharkiv, que fica ao longo da fronteira com a Rússia, está sob bombardeio diário, e dois civis foram mortos nas últimas 24 horas.

Os militares ucranianos disseram na quinta-feira que as forças russas também realizaram bombardeios e ataques de helicóptero na região de Sumy, no nordeste.

Mesmo com a continuação dos combates, o Ministério da Defesa do Reino Unido (MoD) disse que achava que as forças armadas da Rússia estavam “reconstituindo” suas forças.

Um homem fica em uma cratera após um ataque russo no distrito de Saltivka em Kharkiv (Evgeniy Maloletka/AP)

Uma avaliação de inteligência do ministério divulgada na quinta-feira disse que o bombardeio pesado ao longo da linha de frente em Donetsk provavelmente visava garantir ganhos russos anteriores.

O Ministério da Defesa observou uma nova lei em consideração pelo parlamento russo para dar ao governo poderes econômicos especiais em meio à guerra.

A lei permitiria que “a Rússia evite reconhecer que está engajada em uma guerra ou seu fracasso em superar os militares da Ucrânia que estavam em menor número e desarmados”, disse o ministério.



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