Rússia estuda vídeo de supostos maus-tratos a prisioneiros, Kiev questiona veracidade
O Kremlin disse na segunda-feira que investigadores russos analisariam um vídeo divulgado nas redes sociais que pretendia mostrar forças ucranianas maltratando soldados russos capturados.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que o vídeo continha “imagens monstruosas” e precisava ser avaliado legalmente, e que aqueles que participaram do que ele descreveu como tortura precisam ser responsabilizados.
A Reuters não conseguiu verificar de forma independente a autenticidade do vídeo citado pelo Kremlin.
Questionado sobre o vídeo durante uma entrevista à Sky News, a procuradora-geral da Ucrânia, Iryna Venediktova, disse que não poderia ser aceito pelo valor nominal.
“Precisamos de provas”, disse ela na segunda-feira. “Se os militares do lado ucraniano forem culpados, vamos investigá-los e levá-los ao tribunal.”
‘Falso’
Anteriormente, altos funcionários ucranianos haviam retratado o vídeo como falso.
“Atualmente, ninguém pode confirmar ou negar a veracidade deste vídeo. Não se sabe onde está acontecendo, ou quem são os participantes”, disse o porta-voz militar Oleksander Motuzyanyk.
Ele encaminhou à Reuters os comentários feitos por Valery Zaluzhny, comandante-chefe das forças armadas da Ucrânia, antes de Peskov anunciar a investigação russa sobre o vídeo.
“O inimigo produz e compartilha vídeos, com o tratamento desumano de supostos ‘prisioneiros russos’ por ‘soldados ucranianos’ para desacreditar as Forças de Defesa ucranianas”, disse Zaluzhny.
As forças armadas da Ucrânia respeitam as normas internacionais, disse Zaluzhny, acusando a Rússia de produzir esses vídeos para desacreditar os soldados ucranianos. Ele não forneceu nenhuma evidência para apoiar sua acusação.
Sergii Nykyforov, porta-voz de imprensa do presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy, disse que o vídeo deve ser avaliado “no contexto de guerras reais e de informação”. Ele não detalhou.
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