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Putin zomba da conferência de paz planejada para a Ucrânia na Suíça


O presidente da Rússia, Vladimir Putin, zombou de uma rodada programada de negociações de paz com a Ucrânia na Suíça, alertando que Moscou não aceitará quaisquer planos forçados que ignorem os seus interesses.

O governo da Suíça disse na quarta-feira que sediará uma conferência internacional de alto nível em junho para ajudar a traçar um caminho para a paz na Ucrânia depois de mais de dois anos de combates, e expressou esperança de que a Rússia possa algum dia juntar-se ao processo de paz.

Putin afirmou que a Rússia não foi convidada a participar nas conversações de junho, ao mesmo tempo que apontou para o reconhecimento suíço de que um processo de paz não pode acontecer sem a Rússia.


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O presidente russo, Vladimir Putin, à direita, e o presidente da Bielo-Rússia, Alexander Lukashenko, posam para uma foto durante reunião no Kremlin em Moscou (Gavriil Grigorov/AP)

“Eles não estão nos convidando para lá”, disse Putin.

“Além disso, acham que lá não há nada para fazermos, mas ao mesmo tempo dizem que é impossível decidir qualquer coisa sem nós. Teria sido engraçado se não fosse tão triste.”

A Rússia rejeitou a fórmula de paz do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que exige que Moscovo retire as suas tropas, pague uma compensação à Ucrânia e enfrente um tribunal internacional pela sua acção.

Falando durante a reunião de quinta-feira com o presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, em Moscovo, Putin disse que a Rússia está aberta a negociações, mas nunca aceitará “quaisquer esquemas que nada tenham a ver com a realidade”.

Putin disse repetidamente que enviou tropas para a Ucrânia em Fevereiro de 2022 para proteger os interesses russos e evitar que a Ucrânia representasse uma grande ameaça à segurança da Rússia ao aderir à NATO.

Kiev e os seus aliados denunciaram a campanha militar da Rússia como um acto de agressão não provocado.

Putin afirmou que as forças russas estão em vantagem após o fracasso da contra-ofensiva da Ucrânia no ano passado, argumentando que a Ucrânia e o Ocidente terão “mais cedo ou mais tarde” de aceitar um acordo nos termos de Moscovo.

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, alertou na semana passada que as futuras negociações para acabar com os combates na Ucrânia só poderiam ser bem-sucedidas se tivessem em conta os interesses de Moscovo, descartando uma ronda planeada de conversações de paz como um estratagema ocidental para reunir um apoio internacional mais amplo para Kiev.



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