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Otan adiciona tropas na Europa Oriental


Os líderes da Otan devem concordar em posicionar mais forças na Europa Oriental para impedir que a Rússia invada qualquer membro de suas fileiras e enviar equipamentos para a Ucrânia para ajudá-la a se defender contra ataques químicos ou biológicos, disse a principal autoridade civil da organização nesta quarta-feira.

Falando na véspera de uma série de cúpulas de Bruxelas com foco na guerra na Ucrânia, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que quatro novos grupos de batalha, que geralmente somam entre 1.000 e 1.500 soldados, estão sendo montados na Hungria, Eslováquia, Romênia e Bulgária.

Stoltenberg disse que as forças permanecerão no local “enquanto for necessário”.

Atualmente, a Otan tem cerca de 40.000 soldados de várias nações sob seu comando, um número quase dez vezes maior do que há alguns meses, dizem os comandantes militares.

“Juntamente com nossas forças existentes nos países bálticos e na Polônia, isso significa que teremos oito grupos de batalha multinacionais da Otan em todo o flanco leste, do Báltico ao Mar Negro”, disse Stoltenberg. A aliança também tem 140 navios de guerra no mar e 130 aeronaves em alerta máximo.

As ações da Rússia, disse ele a repórteres, se tornaram o “novo normal para nossa segurança, e a Otan tem que responder a essa nova realidade”.

Parte dessa nova realidade tem sido ameaças veladas do presidente russo, Vladimir Putin, sobre o possível uso de armas nucleares e tentativas do que os membros da Otan dizem ser operações de “bandeira falsa” para servir de pretexto para o uso de armas químicas na Ucrânia.

Stoltenberg disse que os líderes da Otan provavelmente concordarão em enviar mais assistência à Ucrânia, incluindo equipamentos para ajudar a Ucrânia a se defender contra ameaças químicas, biológicas, radiológicas e nucleares.

O presidente dos EUA, Joe Biden, planeja participar da reunião da Otan, além de cúpulas da União Europeia e do Grupo dos Sete principais países industrializados,

“Qualquer uso de armas químicas mudaria totalmente a natureza do conflito, e seria uma violação flagrante do direito internacional e teria consequências de longo alcance”, disse Stoltenberg. Ele se recusou a dizer se tal ataque seria uma linha vermelha que poderia arrastar a Otan para a guerra.

Como organização, a Otan não está fornecendo armas para a Ucrânia. Seu objetivo é apenas defender seus próprios membros do ataque russo. A aliança de 30 países se recusa a enviar tropas para a Ucrânia, seja para combate ou manutenção da paz, e disse que não enviará aeronaves para proteger civis ou policiar qualquer zona de exclusão aérea.

Mas os países membros estão fornecendo armas e outros tipos de assistência, individualmente ou em grupos.

A maior organização de segurança do mundo está empenhada em evitar ser arrastada para uma guerra com a Rússia, a potência nuclear. Mas Stoltenberg disse que, além de causar estragos na Ucrânia, “qualquer uso de armas químicas ou biológicas também pode ter consequências terríveis para os países aliados da Otan”.

Durante a cúpula de quinta-feira, que deve durar cerca de três horas, os líderes também devem pedir à China – que o Ocidente acusa de fornecer apoio moral, se não militar, a Putin – para ajudar a acabar com a guerra.

“Pequim juntou-se a Moscou para questionar o direito das nações independentes de escolherem seu próprio caminho. A China forneceu apoio político à Rússia, inclusive espalhando mentiras descaradas e desinformação, e aliados estão preocupados que a China possa fornecer apoio material para a invasão russa”, disse Stoltenberg.



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