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MPs canadenses pedem a Trudeau que classifique o tratamento dado pela China aos uigures como ‘genocídio’


  • Uma emenda à moção que pede que os Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim em 2022 sejam movidos se o “genocídio” continuar também foi adotada.

AFP, Toronto

PUBLICADO EM 23 DE FEVEREIRO DE 2021 7:22

Os parlamentares canadenses aprovaram uma moção não vinculante na segunda-feira, chamando o tratamento da China de sua minoria uigur de “genocídio” e pedindo ao governo do primeiro-ministro Justin Trudeau que o rotule oficialmente como tal.

A moção, apresentada por conservadores da oposição, foi aprovada por unanimidade na Câmara dos Comuns por 266 votos de 338. Os outros parlamentares, incluindo ministros do governo liberal de Trudeau, se abstiveram.

A moção reconhece que “os uigures na China foram e estão sendo sujeitos a genocídio”.

Os parlamentares citaram relatórios específicos de “doutrinação política e anti-religiosa”, “trabalho forçado” e “destruição de locais culturais” – entre outras atrocidades – que a minoria muçulmana em Xinjiang foi forçada a sofrer.

Uma emenda à moção que pede que os Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim em 2022 sejam movidos se o “genocídio” continuar também foi adotada.

De acordo com especialistas estrangeiros, mais de um milhão de uigures estão sendo mantidos em campos de reeducação política. Pequim negou isso e afirma que eles são centros de treinamento vocacional projetados para guiar os uigures para longe do terrorismo e do separatismo, após ataques atribuídos à comunidade.

“Agora os conservadores estão pedindo ao governo liberal que respeite o Parlamento e reconheça oficialmente o genocídio que está acontecendo na China”, disse o líder da oposição Erin O’Toole, que por meses pediu a Ottawa que endurecesse sua posição em relação a Pequim.

“O governo do Canadá leva qualquer alegação de genocídio muito a sério”, disse o ministro das Relações Exteriores, Marc Garneau, em um comunicado, observando que o Canadá favorece uma abordagem conjunta com seus aliados nessa questão.

Trudeau disse na sexta-feira que houve relatos significativos de abusos de direitos humanos vindos de Xinjiang.

Após uma reunião do G7, o primeiro-ministro disse que o Canadá estava consultando seus aliados internacionais sobre o uso do termo “genocídio”, já usado pelo governo do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump.

As relações Canadá-China azedaram no final de 2018 com a prisão do executivo da Huawei Meng Wanzhou sob um mandado dos EUA, e a detenção de dois canadenses – o ex-diplomata Michael Kovrig e o empresário Michael Spavor – no que Ottawa chamou de retaliação.

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