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Juiz diz que Canadá tem direito de invocar ato de emergência em protesto de caminhão | Noticias do mundo


Uma comissão de inquérito público sobre a imposição de uma emergência sem precedentes no Canadá no ano passado disse que o governo atingiu o limite para tal ação, que se seguiu à ocupação da capital Ottawa pelo chamado Freedom Comvoy, protestando contra os mandatos de vacinas relacionados ao COVID-19.

No entanto, também descobriu que a descrição do primeiro-ministro canadense Justin Trudeau dos manifestantes como uma “minoria marginal” pode ter agravado a situação.

A Comissão de Emergência de Ordem Pública foi liderada pelo juiz Paul Rouleau e divulgou seu relatório na sexta-feira, depois de ter sido apresentado na Câmara dos Comuns.

“O protesto legal se transformou em ilegalidade, culminando em uma emergência nacional”, afirmou o comissário no relatório. Os protestos começaram no final de janeiro e continuaram em fevereiro, antes que a Lei de Emergência fosse aplicada pela primeira vez na história do Canadá em 14 de fevereiro de 2022.

No entanto, Rouleau também observou que o uso de Trudeau do termo “minoria marginal” pode ter “servido para energizar os manifestantes, endurecendo sua determinação e amargando-os ainda mais em relação às autoridades governamentais”.

Em um comunicado divulgado pelo PMO, Trudeau saudou o relatório e disse: “O relatório da Comissão de Emergência de Ordem Pública afirma que o limite muito alto para invocar a Lei de Emergências foi alcançado. O comissário descobriu que o que vivemos no ano passado foi uma emergência nacional que ameaçava a segurança dos canadenses. Nosso trabalho como governo é sempre manter as pessoas seguras, e invocar a Lei de Emergências era a coisa necessária a fazer para proteger as pessoas”.

Falando à mídia em Ottawa, Trudeau lamentou sua escolha de palavras na observação da “minoria marginal”. “Gostaria de ter formulado de maneira diferente”, disse ele, acrescentando: “Se eu escolhesse minhas palavras com mais cuidado, as coisas teriam sido mais fáceis”.

“A invocação da Lei de Emergências é uma medida drástica, mas não é ditatorial”, escreveu Rouleau no relatório.

No entanto, em comunicado emitido pela Comissão, ele moderou a mensagem, ao dizer: “Não chego facilmente a essa conclusão, pois não considero a base factual para ela ser esmagadora. Pessoas razoáveis ​​e informadas podem chegar a uma conclusão diferente da que cheguei”, acrescentou.

A Associação Canadense de Liberdades Civis, que está contestando a emergência no tribunal, observou em um comunicado: “Iniciamos uma revisão judicial precisamente porque acreditamos que seria o melhor local para testar as alegações do governo sobre a legalidade do uso da Lei de Emergências”.

A diretora de liberdades fundamentais do CCLA, Cara Zwibel, disse que “discordamos da conclusão do comissário de que o limite legal para invocar a lei foi cumprido”.

Embora a emergência tenha sido aprovada na Câmara dos Comuns, com o apoio do Novo Partido Democrático liderado por Jagmeet Singh, ela foi retirada nove dias depois, antes mesmo que pudesse ser tratada no Senado.

  • SOBRE O AUTOR

    Anirudh Bhattacharya é um comentarista baseado em Toronto sobre questões norte-americanas e um autor. Ele também trabalhou como jornalista em Nova Delhi e Nova York, abrangendo mídia impressa, televisiva e digital. Ele tweeta como @anirudhb.



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