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Curdos e grupos anti-racismo se juntam à manifestação após tiroteio mortal em Paris


Ativistas curdos, políticos de esquerda e grupos antirracismo se manifestaram em Paris depois que três pessoas foram mortas em um centro cultural curdo em um ataque que os promotores dizem ter motivação racial.

O tiroteio em um bairro movimentado do centro de Paris também feriu três pessoas e despertou preocupações sobre crimes de ódio contra grupos minoritários em um momento em que vozes de extrema-direita ganharam destaque na França e em toda a Europa nos últimos anos.

O suspeito do ataque foi ferido e está sob custódia. Ele é um parisiense de 69 anos que foi acusado no ano passado de atacar migrantes e foi libertado no início deste mês.


Manifestantes se reúnem em Paris (Lewis Joly/AP)

Ele está enfrentando possíveis acusações de assassinato e tentativa de homicídio com motivação racista, informou a promotoria de Paris.

Milhares se reuniram no sábado na Place de la Republique, no leste de Paris, agitando uma série de bandeiras representando grupos de direitos curdos, partidos políticos e outras causas.

A reunião foi em grande parte pacífica, mas alguns jovens lançaram projéteis e entraram em conflito com a polícia que disparou gás lacrimogêneo. Alguns manifestantes gritaram palavras de ordem contra o governo turco.

O tiroteio abalou a comunidade curda na capital francesa e colocou a polícia em alerta extra para o fim de semana de Natal.


Manifestantes jogam objetos durante o protesto (Lewis Joly/AP)

O chefe da polícia de Paris se reuniu com membros da comunidade curda no sábado para tentar acalmar seus temores antes da manifestação.

O ataque de sexta-feira aconteceu no centro cultural e em um restaurante e cabeleireiro próximo.

O ministro do Interior, Gerald Darmanin, disse que o suspeito visava claramente estrangeiros, agiu sozinho e não era oficialmente afiliado a nenhum movimento de extrema-direita ou outro movimento radical.

O suspeito já tinha passagens por posse ilegal de armas e violência armada.


Local do ataque na sexta-feira (Lewis Joly/AP)

Ativistas curdos disseram que foram recentemente alertados pela polícia sobre ameaças a alvos curdos.

Em 2013, três ativistas curdos, incluindo Sakine Cansiz, fundadora do Partido dos Trabalhadores do Curdistão, ou PKK, foram encontrados mortos a tiros em um centro curdo em Paris.

O exército da Turquia tem lutado contra militantes curdos afiliados ao banido PKK no sudeste da Turquia, bem como no norte do Iraque.

Os militares da Turquia também lançaram recentemente uma série de ataques aéreos e de artilharia contra alvos militantes curdos sírios no norte da Síria.



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