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Airbus e Air France absolvidas das acusações de homicídio culposo por acidente de avião em 2009


Um tribunal francês absolveu na segunda-feira a Airbus e a Air France das acusações de homicídio culposo pela queda do voo 447 do Rio para Paris em 2009.

O acidente matou 228 pessoas e levou a mudanças duradouras nas medidas de segurança das aeronaves.

Soluços irromperam entre as famílias das vítimas no tribunal enquanto os juízes liam a decisão.

A investigação oficial descobriu que vários fatores contribuíram para o acidente, incluindo erro do piloto e o congelamento de sensores externos chamados tubos de pitot.

O julgamento de dois meses deixou as famílias devastadas pela raiva e decepção. Excepcionalmente, até mesmo promotores estaduais pediram a absolvição, dizendo que o processo não produziu provas suficientes de irregularidades criminais por parte das empresas.


Trabalhadores descarregam destroços pertencentes ao voo AF447 da Air France que caiu da Fragata Constitution da Marinha do Brasil no porto de Recife, nordeste do Brasil, em 14 de junho de 2009 (Eraldo Peres/AP/PA)

Os promotores atribuíram a responsabilidade principalmente aos pilotos, que morreram no acidente. Os advogados da Airbus também culparam o erro do piloto, e a Air France disse que os motivos completos do acidente nunca serão conhecidos.

A Airbus e a Air France enfrentaram multas em potencial de até 225.000 euros (199.000 libras) cada, se condenadas.

A Air France já indenizou as famílias dos mortos, que vieram de 33 países. Famílias de todo o mundo estavam entre os demandantes, incluindo muitas no Brasil.

O avião A330-200 desapareceu do radar em uma tempestade sobre o Oceano Atlântico em 1º de junho de 2009, com 216 passageiros e 12 tripulantes a bordo.

Demorou dois anos para encontrar o avião e seus gravadores de caixa preta no fundo do oceano, em profundidades de mais de 13.000 pés (cerca de 4.000 metros).

Uma investigação da Associated Press na época descobriu que a Airbus sabia desde pelo menos 2002 sobre problemas com o tipo de tubos pitot usados ​​no jato que caiu, mas não conseguiu substituí-los até depois do acidente.

A Air France foi acusada de não ter implementado o treinamento em caso de congelamento das sondas pitot, apesar dos riscos. A Airbus foi acusada de não fazer o suficiente para informar com urgência as companhias aéreas e suas tripulações sobre falhas nos pitots ou garantir treinamento para mitigar o risco.

O acidente teve impactos duradouros na indústria, levando a mudanças nas regulamentações dos sensores de velocidade e na forma como os pilotos são treinados.

O julgamento foi carregado de emoção. Famílias perturbadas gritaram com os executivos-chefes da Airbus e da Air France quando o processo foi aberto em outubro, gritando “Que vergonha!” enquanto os executivos tomavam posição.

Dezenas de pessoas que perderam entes queridos saíram do tribunal quando os promotores pediram a absolvição.



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