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UE deve perder meta climática para 2030


A União Européia disse que é provável que perca sua meta de redução de gases de efeito estufa até 2030, afetando os esforços do bloco de ser líder na luta contra as mudanças climáticas.

A Agência Européia do Meio Ambiente disse que as medidas existentes colocam a UE no caminho de reduzir suas emissões de dióxido de carbono e outros poluentes que causam o aquecimento do planeta em 30% na próxima década, em comparação com os níveis de 1990.

Atualmente, o bloco de 28 países está buscando uma redução de 40% até 2030, e alguns líderes pediram que essa meta fosse aumentada para 55%, com uma meta de longo prazo de acabar com praticamente todas as novas emissões até 2050.

"As tendências recentes destacam a desaceleração do progresso em áreas como redução de emissões de gases de efeito estufa, emissões industriais, geração de resíduos, melhoria da eficiência energética e participação de energia renovável", informou a agência em relatório.

"Olhando para o futuro, a atual taxa de progresso não será suficiente para cumprir as metas de clima e energia para 2030 e 2050".

O relatório foi divulgado quando autoridades de quase 200 países se reúnem em Madri para negociações climáticas da ONU.

Espera-se que a nova comissão executiva da UE apresente seu plano de longo prazo para combater o aquecimento global – apelidado de Acordo Verde Europeu – na próxima semana.

Os defensores do meio ambiente disseram que a UE deve intensificar seus esforços para garantir que o objetivo do acordo climático de Paris de 2015 de manter o aquecimento global a 1,5 ° C até o final do século permaneça possível.

"Os atuais líderes da UE são a última geração que pode impedir a crise climática", disse Wendel Trio, diretor do grupo de campanha Climate Action Network Europe.

Trio observou que o Parlamento Europeu declarou recentemente uma "emergência climática" simbólica.

"Os cidadãos querem que eles ajam agora, e não em 30 anos", disse ele.

O relatório da Agência Europeia do Meio Ambiente disse que "ainda há uma chance de atingir as metas e objetivos de longo prazo para 2030 e 2050" se os países aumentarem seus esforços, acrescentando que isso exigirá abordar questões politicamente sensíveis, como subsídios aos combustíveis fósseis.

Um estudo separado de um grupo de cientistas internacionais descobriu que tanto a União Europeia quanto os Estados Unidos viram as emissões caírem 1,7% de 2018 a 2019, mas a China registrou um aumento de 2,6% e a Índia teve um aumento de 1,8%.

A ativista sueca Greta Thunberg disse que o estudo mostrou que "em vez das drásticas reduções necessárias desesperadamente, nossas emissões de CO2 continuam aumentando".

"Ainda estamos avançando rapidamente na direção errada", twittou Thunberg, que deve viajar a Madri para um protesto em massa na sexta-feira, fora das negociações climáticas.



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