Tribunal egípcio suspende caso de bloqueio do Canal de Suez para que nova oferta possa ser considerada
Um tribunal egípcio suspendeu até 4 de julho o caso de um enorme navio de carga que bloqueou o Canal de Suez por quase uma semana no início deste ano.
A decisão veio depois que as equipes jurídicas do Canal de Suez e os armadores do navio pediram mais tempo para negociações que visam resolver sua disputa financeira.
A disputa gira em torno do valor da indenização que a Autoridade do Canal de Suez está reivindicando pelo salvamento do navio Ever Given, que encalhou em março, bloqueando o importante canal por seis dias.
O dinheiro cobriria a operação de resgate, custos de tráfego parado no canal e taxas de trânsito perdidas durante a semana em que o Ever Given bloqueou o canal.
No início, a Autoridade do Canal de Suez exigiu 916 milhões de dólares americanos de indenização, que mais tarde foi reduzida para 550 milhões de dólares americanos.
Desde que foi libertado, o navio de bandeira do Panamá, que transporta cargas entre a Ásia e a Europa, foi ordenado pelas autoridades a permanecer em um lago de espera no meio do canal enquanto seu proprietário e a autoridade do canal tentam resolver a disputa de compensação.
Os dois lados trocaram a culpa pelo encalhe da embarcação.
O Tribunal Econômico de Ismailia suspendeu a audiência depois que os advogados do Canal de Suez disseram que estavam estudando uma nova oferta feita pelos proprietários do navio.
Os advogados não divulgaram detalhes da oferta.
O bloqueio de seis dias interrompeu o transporte global.
Centenas de navios aguardaram até que o canal fosse desbloqueado, enquanto alguns navios foram forçados a fazer a rota muito mais longa ao redor do Cabo da Boa Esperança, no extremo sul da África, exigindo combustível adicional e outros custos.
Cerca de 10% do comércio mundial flui através do canal, uma fonte essencial de moeda estrangeira para o Egito.
Cerca de 19.000 navios passaram pelo canal no ano passado, de acordo com dados oficiais.
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