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Sobe para 113 o número de mortos por inundações e deslizamentos de terra no Brasil


O número de mortos por inundações e deslizamentos de terra na cidade serrana de Petrópolis subiu para pelo menos 113, com 116 pessoas ainda desaparecidas.

O governo do estado do Rio de Janeiro confirmou a crescente perda de vidas, com muitos temidos enterrados na lama sob a cidade de influência alemã aninhada nas montanhas acima da cidade do Rio de Janeiro.

Torrentes de enchentes e deslizamentos de terra arrastaram carros e casas pelas ruas da cidade nesta terça-feira durante as chuvas mais intensas em décadas.

Um vídeo mostrava dois ônibus afundando em um rio cheio enquanto seus passageiros saíam pelas janelas, lutando por segurança. Alguns não conseguiram chegar aos bancos e foram levados pela água.


Carros amassados ​​ficam sobre destroços causados ​​por deslizamento de terra, em Petrópolis, Brasil (Silvia Izquierdo/AP)

Sobreviventes cavaram pela paisagem arruinada para encontrar entes queridos, mesmo quando mais deslizamentos de terra pareciam prováveis ​​nas encostas da cidade.

Com a chegada da noite, chuvas fortes voltaram à região, despertando preocupação renovada entre os moradores e equipes de resgate. As autoridades insistiram que aqueles que vivem em áreas de risco deveriam evacuar.

Rosilene Virginia disse que seu irmão escapou por pouco, e ela considera um milagre, mas um amigo ainda não foi encontrado.

“É muito triste ver pessoas pedindo ajuda e não tendo como ajudar, sem como fazer nada”, disse Virginia à Associated Press enquanto um homem a confortava. “É desesperador, um sentimento de perda tão grande.”

Enquanto algumas pessoas tentavam limpar a lama, outras começaram a enterrar parentes perdidos, com 17 funerais no cemitério danificado.

A polícia do Rio disse em comunicado na quinta-feira que cerca de 200 agentes estavam verificando listas de vivos, mortos e desaparecidos visitando postos de controle e abrigos, bem como o necrotério da cidade. Eles disseram que conseguiram remover três pessoas de uma lista de desaparecidos depois de encontrá-los vivos em uma escola local.

“Cada detalhe é importante para que possamos rastrear as pessoas”, disse a investigadora da polícia do Rio Elen Souto. “Precisamos que as pessoas informem o nome completo da pessoa desaparecida, sua identidade, características físicas e as roupas que a pessoa estava usando.”


Moradores e voluntários procuram sobreviventes (Silvia Izquierdo/AP)

Petrópolis, batizada com o nome de um ex-imperador brasileiro, tem sido um refúgio para pessoas que fogem do calor do verão e turistas ansiosos para explorar a chamada “Cidade Imperial”.

Sua prosperidade também atraiu moradores das regiões mais pobres do Rio e a população cresceu desordenadamente, subindo encostas de montanhas agora cobertas de pequenas residências amontoadas, muitas vezes em áreas mais vulneráveis ​​pelo desmatamento e drenagem inadequada.

O corpo de bombeiros do estado disse que 25,8 centímetros de chuva caíram em três horas na terça-feira – quase tanto quanto durante os 30 dias anteriores combinados. O governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, disse em entrevista coletiva que as chuvas foram as piores que Petrópolis recebeu desde 1932.

“Ninguém poderia prever chuva tão forte quanto esta”, disse Castro. A previsão é de mais chuva para o resto da semana, de acordo com os meteorologistas.



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