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Rússia e EUA discutirão Ucrânia e Otan em novas negociações


As negociações entre a Rússia e os Estados Unidos sobre a demanda de Moscou por garantias ocidentais que impedem a expansão da Otan para a Ucrânia começarão imediatamente após o feriado de ano novo, anunciou o principal diplomata da Rússia na segunda-feira.

“É com os Estados Unidos que realizaremos o principal trabalho de negociações, que acontecerá imediatamente após o fim do feriado de ano novo”, disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, em entrevista na segunda-feira.

As férias na Rússia vão durar 10 dias, até 9 de janeiro.

No início deste mês, Moscou apresentou projetos de documentos de segurança exigindo que a Otan negasse a adesão à Ucrânia e outros países da ex-União Soviética e retrocedesse os posicionamentos militares da aliança na Europa Central e Oriental.

Washington e seus aliados se recusaram a fazer tais promessas, mas disseram que estão prontos para as negociações.

As demandas, contidas em uma proposta de tratado de segurança entre a Rússia e os Estados Unidos e um acordo de segurança entre Moscou e a Otan, foram redigidas em meio a tensões crescentes sobre o aumento de tropas russas perto da Ucrânia, que alimentou temores de uma possível invasão.

A Rússia negou ter planos de atacar seu vizinho, mas pressionou por garantias legais que descartariam a expansão da Otan e o posicionamento de armas ali.

Na semana passada, Lavrov disse que, além das negociações com os EUA, Moscou iniciará conversações separadas com a Otan sobre o assunto, bem como negociações separadas sob os auspícios da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa.

É importante que “nossas propostas não se encerrem em discussões intermináveis, pelas quais o Ocidente é famoso e sabe fazer, que haja um resultado de todos esses esforços diplomáticos”, disse Lavrov na segunda-feira.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, decidiu convocar uma reunião do Conselho da Otan-Rússia em 12 de janeiro, disse um oficial da Otan no sábado, acrescentando que o bloco estava em contato com a Rússia sobre a reunião.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou na segunda-feira que a reunião ocorrerá, classificando as negociações com a Otan como “importantes”, mas disse que os detalhes da reunião estão “em andamento” e a data ainda não foi confirmada.

O vice-ministro da Defesa, Alexander Fomin, disse na segunda-feira em uma entrevista coletiva a adidos militares e representantes de embaixadas estrangeiras que a “posição contínua de confronto da Otan em relação à Rússia” forçou Moscou a exigir garantias de segurança.

“A aliança tem consistentemente ignorado os interesses russos e evitado uma discussão justa dos problemas existentes”, disse Fomin.



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