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Riscos potenciais associados ao uso de fitoterápicos tradicionais no tratamento do câncer: um estudo com profissionais de saúde oncológicos do Oriente Médio


Fundo: Os autores avaliaram o uso de fitoterápicos por pacientes do Oriente Médio com câncer, conforme relatado por seus profissionais de saúde oncológicos (HCPs). Os produtos fitoterápicos identificados pelos HCPs do estudo foram avaliados quanto a potenciais efeitos negativos.

Métodos: HCPs de oncologia de 16 países do Oriente Médio receberam um questionário de 17 itens pedindo-lhes que listassem 5 produtos à base de plantas em uso por seus pacientes com câncer. Uma pesquisa bibliográfica (PubMed, Micromedex, AltMedDex e o Natural Medicine Comprehensive Database) foi realizada para identificar questões relacionadas à segurança associadas aos produtos listados.

Resultados: Um total de 339 HCPs completou o questionário do estudo (taxa de resposta de 80,3%), identificando 44 suplementos nutricionais fitoterápicos e 3 não fitoterápicos. Preocupações relacionadas à segurança foram associadas a 29 produtos, incluindo interações entre drogas e ervas com farmacodinâmica alterada (15 ervas), efeitos tóxicos diretos (18 ervas) e aumento da resposta in vitro de células cancerosas à quimioterapia (7 ervas).

Conclusões: O uso de fitoterápicos, que é prevalente em países do Oriente Médio, tem vários efeitos potencialmente negativos que incluem efeitos tóxicos diretos, interações negativas com drogas anticâncer e aumento da quimiossensibilidade das células cancerosas, exigindo uma redução na densidade da dose. Os profissionais de saúde de oncologia que trabalham em países nos quais o uso de fitoterápicos é prevalente precisam compreender melhor as implicações dessa prática. A presença de médicos integradores com formação em medicina complementar e tradicional pode ajudar os pacientes e seus profissionais de saúde a tomarem uma decisão informada sobre a segurança e o uso eficaz desses produtos.

Palavras-chave: medicina tradicional complementar; interação droga-erva; medicina integrativa; comunicação médico-paciente; qualidade de vida.



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