Últimas

Portugal realiza eleições presidenciais enquanto casos da Covid-19 espiralam


Os eleitores portugueses – em grande parte confinados em suas casas devido a um bloqueio restrito da Covid-19 – escolherão um novo presidente no domingo, mas muitos temem que a ida às urnas possa piorar um aumento nos casos de coronavírus e um baixo comparecimento é esperado.

O país de 10 milhões de habitantes, que se saiu melhor do que outros na primeira onda da pandemia, agora tem a maior média de novos casos e mortes por milhão de pessoas em sete dias.

“Não teria sido um problema esperar mais um mês. Tempos excepcionais exigem medidas excepcionais”, disse o lisboeta Miguel Gonçalves (55).

Quase dois terços dos eleitores acham que a eleição deve ser adiada, mostrou uma pesquisa do instituto de pesquisas ISC / ISCTE na semana passada.

O adiamento da votação exigiria uma mudança na constituição do país – algo que as autoridades disseram que não era possível em tão curto prazo, mas tem havido críticas generalizadas à decisão de prosseguir com a votação do presidente, em grande parte cerimonial.

“Eles deveriam ter espalhado a votação por mais dias”, disse o cientista político João Cancela, da Universidade IPRE-NOVA. “É um erro pensar que as únicas opções eram adiar ou continuar como está.”

Votar é a única razão pela qual as pessoas têm permissão para sair de casa para qualquer coisa que não seja trabalho essencial ou viagens de acordo com as atuais regras de bloqueio em todo o país.

As pesquisas esperam abstenções recordes, mesmo com times voluntários vestidos com equipamentos de proteção coletaram cédulas na porta de cerca de 13.000 eleitores em quarentena, e cerca de 250.000 pessoas se inscreveram para votar antecipadamente para evitar multidões.

“Estamos agora enfrentando um risco duplo – altas abstenções e o fato de que aqueles que comparecerem estarão fora de suas casas”, disse o líder da oposição Rui Rio.

As pesquisas de opinião mostram que o atual presidente Marcelo Rebelo de Sousa do Partido Social-Democrata de centro-direita provavelmente vencerá a reeleição com facilidade, com a candidata de esquerda Ana Gomes prevista em segundo lugar com 13,5 a 14,5 por cento e o líder do Chega Andre Ventura, partido de extrema direita, ficou atrás com 10 a 12,5%.

Apesar de seu papel principalmente cerimonial, os presidentes podem vetar certas leis e decretar estados de emergência.



Source link

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *