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Os EUA bloqueiam o terceiro esboço de declaração da ONU sobre a violência entre Israel e Gaza, dizem diplomatas


Os Estados Unidos bloquearam na segunda-feira – pela terceira vez em uma semana – a adoção de uma declaração conjunta do Conselho de Segurança da ONU pedindo o fim da violência israelense-palestina e a proteção de civis, disseram diplomatas.

O texto elaborado pela China, Tunísia e Noruega foi submetido na noite de domingo para aprovação pelos 15 membros do Conselho, enquanto jatos israelenses continuavam a atingir a Faixa de Gaza e o número de mortos em uma semana de violência ultrapassava 200.

Os Estados Unidos indicaram que “atualmente não podem apoiar uma expressão” do Conselho de Segurança, disse um diplomata à AFP.

O texto, obtido pela AFP, apelava a “desaceleração da situação, cessação da violência e respeito ao Direito Internacional Humanitário, incluindo a proteção de civis, especialmente crianças”.

Ele expressou a “grave preocupação” do Conselho com a crise de Gaza e sua “grave preocupação” com relação ao possível despejo de famílias palestinas de suas casas em Jerusalém Oriental, opondo-se a “ações unilaterais” que provavelmente aumentariam ainda mais as tensões.

O esboço também saudou os esforços internacionais para diminuir a situação, sem referência aos Estados Unidos, e reiterou o apoio do Conselho a uma solução negociada de dois Estados permitindo que israelenses e palestinos “vivam lado a lado em paz dentro de fronteiras seguras e reconhecidas. “

– ‘Proteger os civis, especialmente as crianças’ –

O porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, destacou a importância de se assumir uma posição consolidada sobre o conflito.

“Eu realmente reafirmaria a necessidade de uma voz muito forte e unificada do Conselho de Segurança, que achamos que terá peso”, disse ele em entrevista coletiva.

A Assembleia Geral da ONU realizará um debate pessoal sobre os confrontos entre israelenses e palestinos às 14h GMT na quinta-feira, disse o porta-voz da assembleia, Brenden Varma.

O Conselho de Segurança realizou três reuniões de emergência sobre a escalada da violência na semana passada, a última no domingo, sem chegar a uma posição comum – com o principal aliado de Israel, os Estados Unidos, acusados ​​de obstrucionismo.

O governo do presidente Joe Biden insistiu que está trabalhando nos bastidores, inclusive por meio de uma visita à região por um enviado, e que uma declaração da ONU pode sair pela culatra, segundo diplomatas.

Em uma entrevista coletiva em Copenhague na segunda-feira, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, pediu a Israel e aos palestinos que “protejam os civis, especialmente as crianças” – e defendeu a ação de Washington de bloquear uma declaração do Conselho de Segurança da ONU pedindo o fim das hostilidades.

“Não estamos atrapalhando a diplomacia”, enfatizou Blinken.

A recusa dos EUA em endossar uma declaração conjunta do Conselho de Segurança foi recebida com descrença por seus aliados.

“Estamos apenas pedindo aos EUA que apóiem ​​uma declaração do Conselho de Segurança que diria coisas semelhantes às que estão sendo ditas bilateralmente de Washington”, disse um diplomata à AFP sob condição de anonimato.



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