Ômega 3

O nível de vitamina B-6 em mulheres grávidas não suplementadas está associado positivamente ao ácido docosahexaenóico sérico e inversamente à proporção de ácidos graxos n-6 para n-3


Fundo: As dietas deficientes em vitamina B-6 diminuem as concentrações plasmáticas de ácido docosahexaenóico (DHA), ácido eicosapentaenóico (EPA) e ácido araquidônico (AA) em adultos saudáveis. Esses ácidos graxos (AGs) são importantes para o neurodesenvolvimento fetal, mas a relação entre o status da vitamina B-6 e os AGs poliinsaturados (PUFAs) circulantes durante a gravidez é desconhecida.

Objetivo: Procuramos avaliar a relação entre as concentrações plasmáticas de piridoxal 5 ‘fosfato (PLP; a forma ativa da vitamina B-6) e as concentrações séricas de DHA, EPA, AA, ácido linoléico, eicosadienóico e α-linolênico durante a gravidez.

Métodos: Um estudo de coorte prospectivo em 186 gestantes brasileiras saudáveis ​​(com idades entre 20-40 anos) que não estavam usando suplementos foi conduzido no Rio de Janeiro, Brasil. Os participantes foram inscritos no primeiro trimestre de gravidez (5-13 semanas de gestação) e foram acompanhados duas vezes entre 20-26 e 30-36 semanas de gestação. Modelos de regressão linear de efeitos mistos longitudinais foram usados ​​para avaliar as associações entre 1) PLP no primeiro trimestre e concentrações de PUFA durante a gravidez e 2) ΔPLP (ou seja, diferença entre as concentrações de PLP no plasma no terceiro e primeiro trimestre) e concentrações de PUFA durante a gravidez. Os modelos foram ajustados para semana gestacional, índice de massa corporal no primeiro trimestre, hábito de fumar e ingestão dietética de vitamina B-6, peixe, gordura total e PUFAs.

Resultados: As concentrações plasmáticas de PLP (mediana, IQR) diminuíram substancialmente durante a gravidez de 35,8 nmol / L (28,6-44,3 nmol / L) no primeiro trimestre para 21,0 nmol / L (15,8-26,3 nmol / L) no segundo trimestre e 16,8 nmol / L (12,9-20,3 nmol / L) no terceiro trimestre (ambos P <0,0001). As alterações nas concentrações plasmáticas de PLP ao longo dos trimestres foram positivamente associadas às concentrações séricas de DHA (β = 0,252, P = 0,012) e inversamente associadas à razão de FA n-6-para-n-3 (ω-6-para-ω-3) sérica (β = -0,010; P = 0,015), após ajustes para fatores de confusão.

Conclusões: O status materno de vitamina B-6 durante a gravidez foi positivamente associado à concentração circulante de DHA e inversamente associado aos ácidos graxos n-6: n-3 em mulheres brasileiras que não estavam tomando suplementos vitamínicos. Mais estudos são necessários para determinar o impacto do baixo nível de vitamina B-6 no neurodesenvolvimento fetal.

Palavras-chave: DHA; EPA; PUFA; ácido docosahexaenóico; ácido eicosapentaenóico; ácidos graxos n – 3; ácido graxo poliinsaturado; gravidez; piridoxal 5′-fosfato; vitamina B-6.



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