Saúde

Nova vacina contra o câncer é 100% bem-sucedida no modelo de camundongo


Os cientistas desenvolveram uma nova vacina que – em conjunto com as terapias existentes – pode não apenas tratar o melanoma agressivo, mas também impedir sua recorrência.

pesquisador com vacina experimentalCompartilhar no Pinterest
Os pesquisadores finalmente encontraram a melhor vacina contra o melanoma agressivo?

Pesquisadores do Scripps Research Institute, em San Diego, CA, trabalharam recentemente com especialistas de outras instituições para desenvolver uma vacina que seria eficaz contra o melanoma (um tipo de câncer de pele) quando administrada em conjunto com outras terapias.

De acordo com o professor Dale Boger, que co-liderou a pesquisa com o ganhador do Prêmio Nobel Bruce Beutler, “Essa co-terapia produziu uma resposta completa – uma resposta curativa – no tratamento do melanoma”.

Esses resultados promissores são relatados em um trabalho de estudo agora publicado na revista PNAS.

Os pesquisadores testaram três opções diferentes de terapia em um modelo de camundongo com melanoma agressivo. Todos os camundongos receberam um tipo de imunoterapia contra o câncer conhecido como anti-PD-L1, mas além disso, eles também receberam diferentes variantes de vacina.

O professor Boger e a equipe dividiram os camundongos em três grupos: um grupo recebeu a vacina contra o câncer, outro grupo recebeu a vacina mais uma molécula chamada Diprovocim, e o terceiro grupo recebeu a vacina contra o câncer e outro adjuvante: um produto químico conhecido como alume.

O diprovocim é um composto adjuvante que aumenta a terapia, reforçando a resposta imune. Este composto é particularmente atraente para pesquisadores que desenvolvem novas terapias, porque é fácil de sintetizar e modificar.

Os pesquisadores descobriram que os oito camundongos que receberam a vacina mais o tratamento com Diprovocim, além da terapia anti-PD-L1, tiveram uma taxa de sobrevivência de 100% em 54 dias.

Em comparação, os roedores que receberam a imunoterapia mais a vacina não sobreviveram. Aqueles que receberam anti-PD-L1 mais a vacina com alume tiveram uma taxa de sobrevivência de 25% no mesmo período.

“Foi emocionante ver a vacina trabalhando simultaneamente com uma imunoterapia contra o câncer como o anti-PD-L1”, diz o professor Boger.

Esta, no entanto, não é a única razão pela qual os pesquisadores ficaram entusiasmados. De fato, a vacina experimental tem outro efeito positivo – a saber, proteger o corpo contra a recorrência do tumor.

“Assim como uma vacina pode treinar o corpo para combater patógenos externos, esta vacina treina o sistema imunológico para ir atrás do tumor”, diz o professor Boger.

Os cientistas descobriram que, quando tentaram reintroduzir tumores de melanoma nos ratos do segundo grupo experimental, “não seria necessário”, como afirma o professor Boger. “O animal já está vacinado contra ele”, explica ele.

Quando eles realizaram mais experimentos em laboratório, os pesquisadores conseguiram estabelecer que o Diprovocim aumenta a resposta imune “solicitando” o sistema imunológico a produzir leucócitos infiltrados em tumores, um tipo de célula que ataca e elimina os tumores de câncer.

O professor Boger e a equipe também observam que a vacina mais o Diprovocim podem ser administrados com bastante facilidade, pois não precisam ser injetados diretamente no tumor principal do câncer para serem eficazes.

Em vez disso, a injeção pode ser administrada por via intramuscular. É administrado em duas doses inoculadas dentro de 7 dias um do outro.

No futuro, os pesquisadores querem continuar experimentando esta vacina e confirmar se ela seria eficaz quando administrada ao lado de outros tipos de terapia contra o câncer.

Os dois principais cientistas envolvidos no estudo recente gerenciam a Tollbridge Therapeutics, uma empresa de pesquisa médica que detém a patente do Diprovocim.



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