Nadando em água fria para prevenir a demência?
Nadar em água fria pode ajudar o cérebro a se defender contra a demência, entre outras doenças degenerativas, de acordo com um recente estudo inglês.
Uma proteína capaz de prevenir doenças neurodegenerativas
De acordo com as descobertas de pesquisadores da Universidade de Cambridge, publicadas na revista Natureza, é uma proteína chamada RBM3, encontrada em grandes quantidades no sangue de nadadores que trabalham duro, que pode ser usada para retardar o início da demência.
Uma molécula também produzida por certos mamíferos durante sua hibernação. Durante essa longa pausa, quando a temperatura corporal cai consideravelmente, o RBM3 ativa e preserva as conexões neuronais: as sinapses.
Como parte deste estudo, os pesquisadores testaram nadadores durante os invernos de 2016, 2017 e 2018, ao lado de membros de um clube de tai chi. A equipe da professora Giovanna Mallucci, diretora dessa pesquisa, disse à BBC que os resultados do estudo comprovam que os humanos, assim como os animais que hibernam, são capazes de produzir essa proteína.
Cuidado com a hipotermia
Aos aventureiros que desejam fazer o teste, Giovanna Mallucci avisa que essa imersão em água fria não é por si só um tratamento possível para a demência, pois os riscos podem superar os benefícios. A hipotermia pode causar complicações sérias, às vezes fatais.
A ideia por trás da descoberta da equipe de pesquisa está antes no desenvolvimento de um medicamento capaz de desencadear a produção dessa proteína, de forma a prevenir o aparecimento de demências.
Os benefícios da imersão em água fria
Todas as pessoas corajosas que têm prazer em mergulhar no mar no inverno defendem os inúmeros benefícios deste exercício.
O mais famoso deles é certamente o holandês Win Hof, também conhecido comoIceman. Este último desenvolveu um método para o menos extremo, o Método Wim Hof, que consiste em exercícios respiratórios, meditação e longos banhos de gelo. Segundo ele, ao nos isolarmos do frio por meio de nosso estilo de vida urbano, teríamos reduzido consideravelmente os processos fisiológicos, permitindo, em particular, fortalecer nosso sistema imunológico.
Se a técnica de Wim Hof tem centenas de milhares de seguidores em todo o mundo, é melhor, como destacou Giovanna Mallucci, tomá-la com cuidado e, acima de tudo, ser supervisionada por profissionais.
Source link