Ômega 3

Mediadores lipídicos especializados em pró-resolução: o futuro da terapia da dor crônica?


A dor crônica (PC) é uma entidade clínica grave com consequências físicas e emocionais devastadoras para os pacientes, que podem ocorrer em uma miríade de doenças. Freqüentemente, as abordagens convencionais de tratamento parecem ser insuficientes para seu manejo. Além disso, considerando os efeitos adversos dos tratamentos analgésicos tradicionais, mediadores lipídicos pró-resolução especializados (SPMs) surgiram como uma alternativa promissora para a PC. Estes incluem várias moléculas bioativas, como resolvinas, maresinas e protectinas, derivadas de ácidos graxos poliinsaturados ω-3 (PUFAs); e lipoxinas, produzidas a partir de PUFAs ω-6. Na verdade, foi demonstrado que os SPMs desempenham um papel central na regulação e resolução da inflamação associada à PC. Além disso, essas moléculas podem modular a neuroinflamação e, assim, inibir as sensibilizações central e periférica, bem como a potenciação de longo prazo, por meio da imunomodulação e regulação da atividade nociceptora e das vias neuronais. Nesse contexto, estudos pré-clínicos e clínicos têm evidenciado que o uso de SPMs é benéfico em distúrbios relacionados à PC, incluindo doenças reumáticas, enxaqueca, neuropatias, entre outros. Esta revisão integra o conhecimento pré-clínico e clínico atual sobre o papel dos SPMs como uma ferramenta terapêutica em potencial para o manejo de pacientes com PC.

Palavras-chave: sensibilização do sistema nervoso central; dor crônica; eicosanóides; inflamação; Potencialização a longo prazo; nocicepção; Ácidos gordurosos de omega-3; manejo da dor; ácidos graxos poliinsaturados; mediadores lipídicos pró-resolução especializados.



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