Manifestantes climáticos enfrentam gás lacrimogêneo na reunião de acionistas da TotalEnergies em Paris
A polícia francesa colocou um cordão de segurança em torno de uma reunião de acionistas em Paris da petrolífera TotalEnergies, pulverizando gás lacrimogêneo e repelindo os manifestantes climáticos.
Acionistas, alguns escoltados para a reunião pela polícia, enfrentaram manifestantes pacíficos, sinceros e em sua maioria jovens, que agitavam cartazes atacando o histórico climático da gigante francesa de energia que colheu lucros colossais com os aumentos de preços que se seguiram à invasão da Ucrânia pela Rússia.
Os cartazes dos manifestantes declaravam: “O último gasoduto antes do fim do mundo” e: “Escutem os cientistas: Chega de projetos fósseis”.
Os manifestantes sentaram-se nas ruas circundantes e deram os braços para bloquear o acesso à reunião em uma sala de concertos de Paris.
Os policiais carregaram alguns manifestantes para tirá-los do caminho. Eles pulverizaram gás lacrimogêneo de latas para forçar as pessoas a recuar.
A manifestação ocorre depois que manifestantes climáticos tentaram invadir o palco da reunião de acionistas da Shell em Londres na terça-feira, com seguranças arrastando alguns deles para longe.
Dezenas de ativistas também forçaram o adiamento do início da reunião gritando: “Feche a Shell”, enquanto outros gritavam, seguravam cartazes e davam os braços do lado de fora enquanto os seguranças tentavam removê-los.
As táticas surgem enquanto manifestantes contestam a queima de carvão, petróleo, gás natural e biomassa, responsáveis pela poluição do ar que, segundo os pesquisadores, mata 1,2 milhão de pessoas em todo o mundo por ano e está impulsionando a crise climática, causando extremos climáticos mortais, fome, mortes por calor, migração e destruição ambiental.
O chefe das Nações Unidas pediu o fim da exploração de novos combustíveis fósseis e que os países ricos abandonem o carvão, o petróleo e o gás até 2040.
Citando os protestos, a TotalEnergies havia informado previamente aos acionistas que eles poderiam votar remotamente.
Os manifestantes chegaram horas antes da reunião, ao amanhecer, para tentar impedi-la de acontecer. O impasse com a polícia evoluiu a partir daí.
A manifestante Camille Etienne disse: “Não temos escolha a não ser estar aqui todas as vezes que eles estiverem aqui”.
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