Saúde

Lecitina: benefícios, riscos e tipos


A lecitina descreve um grupo de substâncias gordurosas encontradas nos tecidos de plantas e animais. A lecitina é essencial para a função biológica adequada.

Uma forma comercial de lecitina é comumente usada na preparação de alimentos, cosméticos e medicamentos, pois prolonga a vida útil e atua como um emulsificante.

Os suplementos de lecitina também podem ser usados ​​para tratar problemas digestivos e de colesterol alto e para evitar dutos de leite entupidos durante a amamentação.

Um dos principais componentes da lecitina, a fosfatidilcolina (PC), pode ser responsável por alguns dos benefícios de saúde relatados pela lecitina.

Embora a lecitina ocorra naturalmente em muitos alimentos, os suplementos de lecitina normalmente são derivados de ovos, soja ou sementes de girassol. A lecitina também é obtida a partir de canola, algodão ou gorduras animais.

A soja é uma das culturas mais cultivadas nos Estados Unidos e 94% é geneticamente modificada. A soja é uma fonte econômica de lecitina. Produtos químicos, incluindo acetona e hexano, são usados ​​para extrair a lecitina do óleo de soja.

No entanto, a lecitina derivada do óleo de girassol está se tornando cada vez mais popular, possivelmente devido aos requisitos para declarar alérgenos nos alimentos. Além disso, aqueles que desejam evitar culturas geneticamente modificadas podem escolher a lecitina de girassol. O processo de extração é tipicamente mais suave e é realizado por prensagem a frio e não com solventes químicos.

Os benefícios de lecitina mais citados incluem:

Redução de colesterol

Pesquisas indicam que uma dieta rica em lecitina pode aumentar o bom colesterol HDL e diminuir o colesterol ruim.

Os suplementos de lecitina também se mostraram promissores na redução do colesterol. Em um estudo de 2008, os participantes tomaram 500 miligramas (mg) de lecitina de soja por dia. Após 2 meses, o colesterol total médio foi reduzido em 42% e o colesterol LDL foi reduzido em 56,15%.

Função imunológica melhorada

A suplementação com lecitina de soja pode aumentar a função imunológica, principalmente em pessoas com diabetes.

Um estudo brasileiro em ratos descobriu que a suplementação diária de lecitina aumentou a atividade de macrófagos em 29%. Macrófagos são glóbulos brancos que engolem detritos, micróbios, células cancerígenas e outros materiais estranhos no corpo.

Além disso, o número de células assassinas naturais chamadas linfócitos, que são vitais para o sistema imunológico, aumentou 92% em ratos não diabéticos. Mais pesquisas são necessárias agora em humanos, para confirmar essas descobertas.

Melhor digestão

A colite ulcerosa é uma forma de doença inflamatória intestinal (DII) que afeta até 907.000 pessoas nos EUA. A lecitina pode ajudar a reduzir o estresse digestivo nas pessoas com essa condição.

Pesquisas sugerem que a atividade emulsificante da lecitina melhora o muco no intestino, protegendo o revestimento gastrointestinal. Isso ocorre porque a lecitina contém fosfatidilcolina (PC), que também é um componente do muco.

Pessoas com colite ulcerosa têm 70% menos CP do que pessoas com outras formas de DII ou sem a doença.

Embora a pesquisa esteja faltando, evidências anedóticas sugerem que pessoas com problemas digestivos causadas por outras questões além da colite ulcerativa também podem se beneficiar do uso de lecitina.

Função cognitiva aprimorada

A colina, um componente da fosfatidilcolina, desempenha um papel no desenvolvimento do cérebro e pode melhorar a memória.

Ratos recém-nascidos que receberam suplementos de colina experimentaram melhora da memória ao longo da vida devido a alterações no centro de memória de seus cérebros.

As alterações cerebrais foram tão visíveis que os pesquisadores conseguiram identificar os animais que consumiram colina suplementar, mesmo quando os ratos eram idosos.

Devido ao efeito do cloro no cérebro, foi proposto que a lecitina pode ser benéfica para pessoas com distúrbios neurológicos, doença de Alzheimer e outras formas de demência.

Como auxiliar de amamentação

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A lecitina pode ser recomendada como uma medida preventiva para mulheres que experimentam dutos de leite entupidos.

Algumas mulheres que amamentam podem experimentar dutos de leite entupidos, onde o leite materno não flui corretamente através do duto. Essa condição é dolorosa e dificulta a amamentação.

Também pode levar ao desenvolvimento de mastite, uma infecção do tecido mamário que afeta aproximadamente 10% das mulheres americanas que estão amamentando.

Para ajudar a prevenir a mastite e dificultar a amamentação, a Canadian Breastfeeding Foundation recomenda que as pessoas que experimentam ductos de leite bloqueados recorrentes tomem 1.200 mg de lecitina quatro vezes ao dia como medida preventiva.

A lecitina, no entanto, não funciona como um tratamento para aqueles que já possuem dutos obstruídos.

Outros usos

A lecitina foi promovida como tratamento para:

Deve-se observar que a pesquisa sobre a eficácia da lecitina no tratamento dessas condições é muito limitada ou inexistente.

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Os suplementos de lecitina devem ser cuidadosamente pesquisados ​​antes de serem tomados, pois não são monitorados pelo FDA.

A lecitina é “geralmente reconhecida como segura” (GRAS) pela Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos. Quando tomado em quantidades razoáveis, é improvável que cause reações adversas.

É melhor obter lecitina através dos alimentos. Os suplementos não são monitorados pelo FDA por segurança ou pureza. As pessoas devem pesquisar os suplementos e os nomes das marcas antes de tomá-los. Se alguém tiver colesterol alto ou histórico de doença cardíaca, deve discutir o suplemento com o médico.

Se ocorrerem reações adversas, elas podem incluir:

  • diarréia
  • náusea
  • dor de estômago
  • aumento da saliva na boca
  • sensação de plenitude

Embora a Fundação Canadense para a Amamentação recomende lecitina para mulheres que estão amamentando, é preciso haver mais pesquisas sobre a suplementação de lecitina durante a gravidez e a lactação.

Finalmente, algumas pesquisas recentes indicam que a fosfatidilcolina encontrada na lecitina é convertida por bactérias no intestino em trimetilamina-N-óxido (TMAO). Com o tempo, o TMAO pode contribuir para o endurecimento das artérias ou aterosclerose e ataque cardíaco.

Dosagem

Não há dosagem recomendada para lecitina. Como regra geral, a dosagem não deve exceder 5.000 mg por dia.

É aconselhável escolher lecitina de fontes alimentares antes de considerar a forma de suplemento. A lecitina é encontrada em muitos alimentos integrais, incluindo:

  • carne organica
  • carne vermelha
  • frutos do mar
  • ovos
  • vegetais verdes cozidos, como couve de Bruxelas e brócolis
  • leguminosas, como soja, feijão e feijão preto

A lecitina que ocorre naturalmente a partir de fontes alimentares não apresenta riscos à saúde.



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