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Impactos climáticos vão para ‘territórios de destruição desconhecidos’, diz chefe da ONU


Os impactos das mudanças climáticas estão “indo para territórios de destruição inexplorados”, alertou o secretário-geral da ONU, António Guterres, após o lançamento de um relatório científico de várias agências revisando as pesquisas mais recentes.

O relatório, liderado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), alerta que o mundo está “indo na direção errada” sobre as mudanças climáticas.

Com as concentrações de gases de efeito estufa continuando a aumentar na atmosfera e os líderes mundiais não adotando estratégias para manter o aquecimento abaixo de 1,5 graus acima das temperaturas pré-industriais, a Terra está se aproximando de pontos de inflexão climáticos perigosos, diz o relatório ‘United in Science’.

O relatório também observa que as emissões globais de CO2 fóssil retornaram aos níveis pré-pandêmicos em 2021, após a queda provocada pelos bloqueios mundiais do Covid-19 em 2020.

Já os eventos climáticos extremos são mais frequentes e mais intensos, alerta o relatório, referenciando pesquisas anteriores da OMM em 2021, que descobriram que os sete anos anteriores (2015-2021) foram os mais quentes já registrados.

“Olhando para o futuro, o Met Office (Reino Unido), em parceria com o World Climate Research Programme, descobriu que há 48% de chance de que, durante pelo menos um ano nos próximos cinco anos, a temperatura média anual seja temporariamente de 1,5° C maior do que em 1850-1900″, diz o relatório.

“Além disso, há 93% de chance de que pelo menos um ano no mesmo período seja o mais quente já registrado.”

A OMM acrescenta que “é necessária uma ação de mitigação para evitar que os objetivos do Acordo de Paris fiquem fora de alcance”.

No prefácio do relatório, Guterres afirma: “A rápida aceleração da perturbação climática significa que ninguém está a salvo de desastres como inundações, secas, ondas de calor, tempestades extremas, incêndios florestais ou aumento do nível do mar.

“A resposta está na ação climática urgente, mas continuamos a alimentar nossa adição de combustível fóssil e a comprometer os meios de subsistência das gerações futuras”.

Guterres também pede aos líderes mundiais “que prestem atenção aos fatos” apresentados no relatório e que “se unam por trás da ciência e tomem ações climáticas ambiciosas e urgentes”. -Reportagem adicional da Reuters



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