Cápsula da Boeing retorna à Terra após missão espacial abortada
A Boeing pousou sua cápsula de tripulação no deserto do Novo México após um vôo abortado para a Estação Espacial Internacional.
A medida ameaçou inviabilizar o esforço da empresa de lançar astronautas para a Nasa no próximo ano.
O Starliner desceu para a Faixa de Mísseis White Sands do Exército dos EUA, encerrando uma demonstração de dois dias que deveria ter durado mais de uma semana.
Todos os três pára-quedas principais se abriram e os airbags também foram inflados ao redor da espaçonave para facilitar o impacto.
"Parabéns, Starliner", disse o Controle da Missão, chamando de um touchdown bem-sucedido.
ATERRAMENTO CONFIRMADO
o #Starliner espaçonave pousou com segurança às 7:58 da manhã no ET @WSMissileRange no Novo México com um pouso de bulleye. Isso marca a 1ª vez que uma cápsula americana e com classificação humana aterrissou em terra. Assista a nossa cobertura ao vivo: https://t.co/MAYPLDF7R7 pic.twitter.com/66owuQDsVB
– NASA (@NASA) 22 de dezembro de 2019
Um manequim de teste chamado Rosie, a Rocketeer – depois de Rosie, a Rebitadora da Segunda Guerra Mundial – montou no assento do comandante. Também retornavam presentes de Natal, roupas e alimentos que deveriam ter sido entregues à equipe da estação espacial.
Depois de ver este primeiro voo de teste interrompido e o atracamento da estação espacial cancelado por causa de um relógio incorreto na cápsula, os funcionários da Boeing ficaram aliviados ao recuperar o Starliner.
Foi a primeira cápsula americana projetada para os astronautas voltarem da órbita e aterrissarem no solo.
As primeiras cápsulas da tripulação da Nasa tiveram respingos. A cápsula Dragon da SpaceX, que fez sua estréia orbital no inverno passado, também visa o oceano no final da missão.
Os astronautas designados para a primeira equipe da Starliner – dois da Nasa e um da Boeing – faziam parte do comitê de boas-vindas no frio intenso.
A primeira viagem da cápsula ao espaço começou com uma suave viagem de foguete de Cabo Canaveral na sexta-feira. Mas mal depois de meia hora no vôo, ele não disparou seus propulsores para perseguir a estação espacial e acabou na órbita errada.
O problema estava no relógio interno do Starliner – ele não estava sincronizado com o foguete Atlas V, diminuindo o tempo da cápsula.
A cápsula queimava tanto combustível tentando se orientar em órbita que não restava o suficiente para um encontro na estação espacial. Os controladores de vôo tentaram corrigir o problema, mas entre a posição da espaçonave e uma lacuna nas comunicações, seus sinais não passaram. Mais tarde, eles conseguiram reiniciar o relógio.
A Boeing ainda está tentando descobrir como ocorreu o erro de temporização. A missão durou quase 50 horas e incluiu 33 órbitas ao redor da Terra.
A Nasa não tem certeza se exigirá outro voo de teste da Boeing – para incluir uma visita à estação espacial – antes de colocar seus astronautas a bordo.
A Boeing estava atirando para sua primeira missão astronauta no primeiro semestre de 2020. Esta cápsula deve ser reciclada para o segundo vôo com a tripulação.
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