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Austrália vai equipar escolas com material educacional sobre consentimento sexual


As crianças australianas logo receberão lições educacionais fundamentais sobre consentimento, abuso sexual e noções básicas de relacionamentos respeitosos.

Para tanto, o ministro da Educação, Alan Tudge, em entrevista à Sky News, disse que o governo federal distribuirá nas próximas semanas o ‘Respect Matters’, um conjunto de material educacional, em escolas de todo o país.

A mudança foi desencadeada por uma petição lançada por Chanel Contos, de 22 anos, ex-estudante de Sydney que pede um currículo de educação sexual mais abrangente em toda a Austrália.

Para Contos, o número crescente de casos de abuso sexual no país está intrinsecamente ligado à escassez de educação elementar sobre consentimento entusiástico, coerção sexual e vergonha de vagabundas, como reflexo da “cultura do estupro” na sociedade.

O ativista de 22 anos tem falado especialmente sobre os casos de agressão sexual e estupro em escolas australianas e compartilhou milhares de tais relatos nas últimas semanas. Sua petição que defende a melhoria da educação sexual nas escolas encorajou várias mulheres a resistir ativamente ao abuso sexual no local de trabalho e desencadeou um debate nacional sobre medidas substanciais relacionadas ao mesmo.

A petição, intitulada ‘Ensine-nos o Consentimento’ já conseguiu angariar mais de 30.000 assinaturas e gerou cerca de 3.000 testemunhos de mulheres que vivenciaram má conduta sexual nas escolas.

O ministro da Educação, Tudge, ao anunciar os planos do governo de distribuir material didático nas escolas, também admirou a coragem de todos os militantes que lutam pela causa mencionada.

“Devo dizer que estou bastante chocado com a quantidade de pessoas que estão se manifestando”, disse Tudge.

De acordo com os dados fornecidos pelo Australian Bureau of Statistics (ABS), cerca de uma em cada seis meninas e um em cada dez meninos enfrentam abusos, sexuais ou não, antes dos 15 anos.

Cerca de 374 casos de violência sexual juvenil foram relatados em New South Wales em 2020, enquanto menos de 10% dos estupros relatados à polícia resultaram em condenação.



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