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Apoiadores do clérigo iraquiano se manifestam na capital apesar da pandemia


Milhares de iraquianos, a maioria deles sem máscaras protetoras, saíram às ruas de Bagdá na sexta-feira em uma demonstração de apoio a um clérigo radical antes das eleições do ano que vem, gerando temores de um aumento nos casos de coronavírus.

Os apoiadores se reuniram na Praça Tahrir da capital, que já foi o epicentro dos protestos antigovernamentais em massa, para mostrar seu apoio a Moqtada al-Sadr, que lidera um poderoso bloco político, antes das eleições federais marcadas para junho próximo.

A maioria dos seguidores de al-Sadr ficou sem máscara na praça, gritando: “Sim, sim para o nosso líder”, em apoio ao clérigo incendiário, já que o Iraque continua sendo um país de alto risco de infecção por coronavírus.

A multidão ficou lado a lado para as orações de sexta-feira ao meio-dia.


Seguidores do clérigo xiita Muqtada al-Sadr na Praça Tahrir (Khalid Mohammed / AP)

Mais de 12.000 pessoas morreram do vírus no Iraque em meio a 544.000 casos confirmados, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

As taxas de infecção diária são em média 2.400 casos por dia, mas os profissionais de saúde dizem que o número pode ser maior, já que muitos iraquianos com sintomas optam por ficar em casa e evitar hospitais para fazer o teste.

O Iraque tem o segundo maior surto e número de mortes na região depois do Irã.

Al-Sadr lidera o bloco político de Sairoon, que detém a maioria no parlamento.

Ele tomou medidas na preparação para as eleições marcadas para junho do próximo ano.

Seus seguidores convocaram uma manifestação em apoio ao apelo do líder para a participação em massa na votação.

“O povo iraquiano e os seguidores de al-Sadr terão um ditado: Sim, sim para o Iraque”, disse Ibrahim al-Jabiri, diretor do escritório de al-Sadr ao norte de Bagdá.


Muitos participantes não usavam máscaras (Khalid Mohammed / AP)

Os observadores consideram o protesto como uma demonstração de coragem de al-Sadr, com o objetivo de enviar uma mensagem a outros blocos políticos de que nas ruas do Iraque, o clérigo ainda tem influência.

O primeiro-ministro do Iraque, Mustafa al-Kadhimi, convocou eleições para junho próximo, um ano antes do esperado.

Essa foi uma exigência importante dos manifestantes antigovernamentais que paralisaram as ruas do Iraque quando dezenas de milhares se manifestaram em outubro passado.

As eleições ocorrerão sob uma nova lei aprovada pelos políticos este ano que, teoricamente, permitirá que mais candidatos independentes concorram.

A comissão eleitoral do Iraque disse que está preparada para realizar eleições antecipadas no prazo se o governo alocar um orçamento para a votação.



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